27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO19e - Núcleos de Apoio à Saúde da Família |
25938 - NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA: A EXPERIÊNCIA DA REORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE UMA EQUIPE. RAQUEL CERDEIRA DE LIMA - UFC, ALINE LUIZA DE PAULO EVANGELISTA - ESP-CE, CINTHIA MARQUES DE CARVALHO - SMS-FORTALEZA, LUCIANA ANDRADE LEITE ALVES - SMS-FORTALEZA, JANCIARA AZEVEDO MOURÃO - SMS-FORTALEZA
Período de Realização A experiência ocorreu de Março a Julho de 2015.
Objeto da Experiência A reorganização do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) numa Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) em Fortaleza-CE após mudança de equipe.
Objetivos Favorecer a construção de vínculos de confiança, ora fragilizados, com os profissionais das quatro Equipes de Saúde da Família (ESF) da unidade para a atuação em seu território de abrangência por meio da formação sobre as diretrizes (para o trabalho) do NASF.
Metodologia Deu-se em várias etapas que ocorreram simultaneamente: aproximação das ESF por meio conversas informais com os profissionais; promoção de reuniões entre o NASF e essas equipes; acompanhamento paulatino das atividades; engajamento em atividades do Serviço de Atenção Especializada; estabelecimento de parcerias com ONG’s e outros equipamentos comunitários; ações de intersetorialidade; formulação de cartilha sobre o NASF; criação de novas propostas de intervenção.
Resultados Inicialmente, houve dificuldade de imersão no cotidiano das práticas pelo estigma de “não fazer nada” que a equipe anterior carregava, além das constantes mudanças de gestão. Percebeu-se o desconhecimento das práticas do NASF por parte de vários profissionais, levando à construção conjunta de atividades de matriciamento e a formulação de uma cartilha. A partir do trabalho educativo com os profissionais, paulatinamente a equipe foi se tornando referência para as demandas do território.
Análise Crítica A resistência inicial foi superada através das estratégias adotadas para melhoria das relações interprofissionais necessárias para os processos de trabalho em saúde. Percebeu-se que o estigma do NASF era reflexo de uma desarticulação da gestão financeira dos recursos para as atividades da Atenção Primária à Saúde (APS) por parte do município, pois a equipe não dispunha do básico para realização do trabalho, desde material de escritório ao carro para as visitas domiciliares.
Conclusões e/ou Recomendações Com paciência e comprometimento da equipe, os vínculos foram fortalecidos e o NASF tornou-se a referência que deveria ser, seguindo suas diretrizes. Conclui-se que investimentos do município em recursos financeiros para à APS e em Educação Permanente em Saúde das ESF são imprescindíveis para continuidade das ações do núcleo, no sentido em que não haja mais necessidade de reinserção do NASF no cotidiano das práticas à cada substituição de equipe.
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