27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO19e - Núcleos de Apoio à Saúde da Família |
24018 - ATUAÇÃO DOS NÚCLEOS DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA NA LONGITUDINALIDADE DO CUIDADO: EXPERIÊNCIAS DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DIANE COSTA MOREIRA - UFBA, DAYANE DE MADUREIRA SILVA - UFBA, THAIS MARTIELLE AVELAR FERNANDES - UFBA, INGRID OLIVEIRA CHAVES - UFBA, DAMIANA DE ALMEIDA COUTO - UFBA, JOSÉ PATRÍCIO BISPO JÚNIOR - UFBA
Apresentação/Introdução A Longitudinalidade do Cuidado é um atributo essencial da Atenção Primária à Saúde (APS) abrangente. Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) têm, entre as suas atribuições, apoiar as Equipes de Saúde da Família (EqSF) na promoção de atenção longitudinal e do estabelecimento de vínculo com a comunidade, por meio da pactuação e compartilhamento de responsabilidades.
Objetivos Analisar as experiências dos Agentes Comunitários de Saúde sobre a atuação do NASF na Longitudinalidade do Cuidado em municípios do semiárido da Bahia.
Metodologia Estudo qualitativo, do tipo casos múltiplos, realizados em seis municípios da Região de Saúde do Sudoeste da Bahia. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com 43 Agentes Comunitários de Saúde (ACS). O período do estudo foi entre março a dezembro de 2017. Foram também utilizados dados das observações de campo. As entrevistas foram transcritas e analisadas a partir da Análise de Conteúdo Temática. Utilizou-se matriz analítica, composta pelas seguintes dimensões: Continuidade do Cuidado e Vínculo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa do IMS-UFBA (parecer 377.448/2013).
Resultados Os resultados evidenciaram baixa articulação entre NASF e Equipe de Saúde da Família para atuação na atenção longitudinal. O NASF não desenvolve cuidados clínicos continuados aos usuários. Para os casos que necessitam de atenção continuada, realizam o primeiro atendimento e encaminham para outros níveis de atenção. Para o ACS, a frágil atenção longitudinal disponibilizada pelo NASF nos cuidados clínicos impossibilita o estabelecimento de vínculo com os usuários. Observou-se a existência de vínculo com os participantes dos grupos educativos e das visitas domiciliares realizadas pelos profissionais do apoio, com produção de confiança e autonomia dos usuários.
Conclusões/Considerações As barreiras evidenciadas para o cuidado longitudinal são reflexos de distorções na metodologia do Apoio Matricial, como se o trabalho do NASF não implicasse na responsabilidade com os usuários. Este aspecto reforça a necessidade de fortalecimento da política de educação permanente voltada para o trabalho do NASF, bem como de suporte da gestão para a promoção de maior articulação e interação entre as equipes.
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