26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO19b - Percursos em busca de acesso à saúde |
27223 - A CONSTRUÇÃO DO ITINERÁRIO TERAPÊUTICO ENTRE INDIVÍDUOS E FAMÍLIAS EM UMA REGIÃO DA ZONA OESTE DE SÃO PAULO: A EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS EM SAÚDE COLETIVA E FLÁVIA DIMARCHI DE MORAES - FMUSP, ANA PAULA DA CONCEIÇÃO SILVA - FMUSP, AMANDA VILLALBA ALVES DA SILVA - FMUSP, FERNANDO DE OLIVEIRA ROSA - FMUSP, IAN ORSELLI CARMIUS HELMHOLTZ - FMUSP, LAIS MEIRELES ALVES - FMUSP, LARA CAROLINA MAZIEIRO DA SILVA - FMUSP, MATEUS RODRIGUES CUNHA - FMUSP, MELINA ALVES DE CAMARGOS - FMUSP, RENATO RIBEIRO DA SILVA - FMUSP
Período de Realização O presente trabalho foi realizado no período de abril a julho de 2017.
Objeto da Experiência Trajetos percorridos por indivíduos e famílias de São Domingos (SP) na busca por cuidado em saúde.
Objetivos - Apreender o processo de construção de itinerários terapêuticos vivenciados pelas famílias de São Domingos;
- Compreender os significados e experiências de uso relacionados a esse processo, assim como, aos espaços, equipamentos e ações para o cuidado em saúde;
Metodologia Estudo do tipo descritivo-exploratório, de corte transversal. A amostra foi composta por 19 sujeitos que residem em São Domingos, zona oeste de São Paulo, abordados no Centro Educacional Unificado e no Centro de Saúde Escola do Butantã, equipamentos com atuação nesse território. As entrevistas semi-estruturadas foram gravadas, transcritas e categorizadas segundo Bardin e analisadas a partir do conceito de itinerário terapêutico.
Resultados O cuidar surge como práticas benéficas para o corpo físico, socialização e busca por orientação. Problema de saúde são caracterizados como doença, incapacitação e falta de acesso a serviços e profissionais de saúde. Por sua vez a compreensão sobre a organização dos serviços, a relação com os profissionais e dificuldades de acesso condicionam o itinerários traçado. Receitas caseiras, automedicação, informações da mídia e atendimentos nos serviços de saúde foram alguns das práticas citadas.
Análise Crítica As práticas exercidas pelos diferentes atores expõem a situação e o contexto em que vivem e ressaltam as potencialidades e os problemas estruturais que envolvem as instituições de saúde, destacando-se o papel das relações de gênero no delineamento dos itinerários terapêuticos. O conhecimento popular e a maneira particular do cuidar de si muitas vezes não é levada em consideração na condução do cuidado nas instituições de saúde, dificultando o vínculo e a co-gestão no cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações Os itinerários terapêuticos dependem de questões pessoais, econômicas e culturais como, por exemplo o acesso à televisão e internet. A interação dos sujeitos com os atores sociais é um elemento transversal das várias etapas dos itinerários e a comunicação central para o acesso e longitudinalidade do cuidado. Sugerimos articular as percepções deste trabalho com práticas territoriais e ações que considerem competências e experiências dos usuários.
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