26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO19b - Percursos em busca de acesso à saúde |
26557 - AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO, INTEGRAÇÃO E CONTINUIDADE DO CUIDADO DE SAÚDE NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE HENRIQUE DE CASTRO RODRIGUES - UFRJ, MARIA STELLA DE CASTRO LOBO - UFRJ, EDSON CORREIA ARAUJO - BANCO MUNDIAL
Apresentação/Introdução Coordenação, continuidade e integração são dimensões estratégicas dos cuidados de saúde e grandes desafios dos sistemas nacionais de saúde. No Brasil, apesar dos resultados positivos no controle das doenças infecciosas, o envelhecimento e a carga de doenças crônicas impõem maior pressão financeira. Garantia e monitoramento das dimensões do cuidado contribuem com a eficiência dos gastos com saúde.
Objetivos Propor metodologia para avaliação do desempenho do SUS a partir das dimensões do cuidado de saúde aferidas com as seguintes condições traçadoras: doença cardiovascular, câncer do colo uterino, atenção materno-infantil e rede de urgências.
Metodologia Após revisão da literatura e exploração e análise das bases de dados do DATASUS para identificação de variáveis de interesse, foram definidas as condições traçadoras segundo critérios de: relevância epidemiológica, impacto financeiro, características do cuidado e operacionalidade. Foi elaborada uma matriz: dimensão do cuidado versus traçador (3 X 4) e construído índice composto de desempenho, por meio de Análise Envoltória de Dados (DEA). O índice integra o cuidado nas diversas dimensões, sendo categorizado em faixas crescentes de desempenho (entre 0 e 1). Finalmente, foram montados mapas para análise dos indicadores por regiões de saúde, com aplicação da metodologia na Bahia e Paraná.
Resultados DEA permite a distribuição livre de pesos para cada indicador/traçador dentro de cada dimensão, mostrando prioridades de investimento por dimensão e linha de cuidado. Na dimensão continuidade, resultados revelam desigualdades internas, entre regiões de saúde de ambos os estados. Na coordenação, destacam-se como mais estruturadas as regiões metropolitanas e capitais. A integração teve prejuízo pela qualidade dos dados, dificultado a interpretação. Dimensões continuidade e coordenação devem ser priorizadas na Bahia. No Paraná, deve-se priorizar a dimensão integração da rede de atenção. O volume de recursos gastos e a qualidade da informação explicam, em parte, as diferenças encontradas.
Conclusões/Considerações A metodologia possibilitou identificar em quais regiões e dimensões da gestão do cuidado são necessárias intervenções. As limitações do estudo foram a qualidade dos dados administrativos disponíveis e a impossibilidade de calcular indicadores desejáveis. Para aprimorar a metodologia, são necessárias duas estratégias: melhora da qualidade dos dados e disponibilização de variáveis necessárias à construção dos indicadores desejáveis.
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