29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC16i - Gênero e Aids |
25337 - USO DE PRESERVATIVO POR MULHERES JOVENS: RESULTADOS DO ESTUDO POP-BRASIL NATÁLIA LUIZA KOPS - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO – PORTO ALEGRE/RS., GLAUCIA FRAGOSO HOHENBERGER - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO – PORTO ALEGRE/RS., MARINA BESSEL - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO – PORTO ALEGRE/RS., JULIANA CAIERÃO - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO – PORTO ALEGRE/RS., JAQUELINE DRIEMEYER C. HORVATH - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO – PORTO ALEGRE/RS., ADELE SCHWARTZ BENZAKEN - DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS IST, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS (DIAHV) - BRASÍLIA/DF., FLAVIA MORENO ALVES SOUZA - DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS IST, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS (DIAHV) - BRASÍLIA/DF., CARLA DOMINGUES - PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO - BRASÍLIA/DF., ANA GORETTI KALUME MARANHÃO - PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO - BRASÍLIA/DF., ELIANA MÁRCIA DA ROS WENDLAND - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO – PORTO ALEGRE/RS.
Apresentação/Introdução O preservativo é o método mais seguro de prevenção para Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), entretanto, a prevalência do seu uso é insatisfatória. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, mais de um milhão de pessoas adquirem uma IST diariamente, cujo risco é ainda maior em jovens de 15 a 24 anos.
Objetivos Avaliar o uso de preservativo em mulheres sexualmente ativas entre 16 e 25 anos no Brasil.
Metodologia Estudo transversal com mulheres que participaram do Estudo de Prevalência do HPV no Brasil (POP-Brasil). O estudo recrutou jovens de 16 a 25 anos de idade das 26 capitais brasileiras e Distrito Federal em 119 Unidades Básicas de Saúde no período de setembro de 2016 a dezembro de 2017. Os dados foram coletados através de questionário padrão por profissionais da Atenção Primária treinados para coleta. Foram coletadas informações sociodemográficas, comportamento sexual, uso de drogas e álcool. Foi realizada análise univariada com variáveis associadas ao uso de preservativo. Os dados foram ponderados por sexo e população de cada capital.
Resultados Das 6.324 mulheres, 57,4% eram pardas e 57,5% tinham ensino médio. A maioria (77,2%) referiu utilizar algum método contraceptivo e 49,2% utilizavam preservativo. O uso do preservativo na 1ª relação foi de 65,0%, 35,5% não utiliza após consumo de drogas/álcool e 16% já teve alguma IST. Não usar preservativo está inversamente associado a idade [IC 95%, RP 1.04 (1.03-1.06)], classe social (C e D, p < 0,02), não ter parceiro (p < 0,001), fumar [IC 95%, RP 1.19 (1.07-1.34)], usar drogas [IC 95%, RP 1.19 (1.09-1.30)] e não usar preservativo na 1ª relação [IC 95%, RP 1.61 (1.50-1.72)]. Não houve associação com raça, idade do parceiro, uso de álcool e número de parceiros nos últimos 5 anos.
Conclusões/Considerações Somente metade das mulheres jovens usam preservativo e o não uso na primeira relação é o preditor mais fortemente associado com o não uso ao longo da vida. Políticas de prevenção de IST e estratégias educativas de uso de preservativo devem focar em indivíduos antes do início da vida sexual, priorizando jovens em maior vulnerabilidade, como classes sociais mais baixas, usuários de fumo e drogas e sem parceiro.
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