29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC16i - Gênero e Aids |
24695 - CARACTERÍSTICAS DA TRAJETÓRIA SEXUAL DE MULHERES NO CONTEXTO DA EPIDEMIA DO HIV – UM ESTUDO COMPARATIVO NO SUL NO BRASIL DELISSON PEREIRA DA LUZ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, EMERSON SILVEIRA DE BRITO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, MARSAM ALVES DE TEIXEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, EVELIN MARIA BRAND - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, KAREN DA SILVA CALVO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, LUCIANA BARCELLOS TEIXEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Apresentação/Introdução As mulheres representam 51% do total de infectados pelo HIV no mundo estando a maioria em idade reprodutiva. Nesse contexto é relevante estudar as características da trajetória sexual das mulheres, especialmente da primeira relação sexual, em que pode haver a adoção de medidas preventivas ou comportamento de risco relacionado a infecções por infecções sexualmente transmissíveis como o HIV.
Objetivos Analisar as características da primeira relação sexual de mulheres heterossexuais vivendo com HIV/Aids na cidade de Porto Alegre – RS, comparando-as com mulheres sem este diagnóstico.
Metodologia Estudo transversal com mulheres de 18 a 49 anos, com dois grupos comparativos: mulheres vivendo com HIV/Aids (MVCHA) recrutadas em serviços especializados, e mulheres vivendo sem HIV/Aids (MVSHA) oriundas da atenção básica. As comparações estatísticas foram conduzidas através de testes de homogeneidade de proporções, baseando-se na estatística de qui-quadrado de Pearson o Fisher ou teste T Student. As analises foram realizadas no programa SPSS e STATA. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS e das instituições envolvidas.
Resultados Foram incluídas 1.326 mulheres no estudo, 686 no grupo MVCHA e 640 no grupo MVSHA. Diferença estatística foi observada quanto foi à escolaridade, 57,7% das MVCHA e 44,8% das MVSHA possuía apenas 8 anos de escolaridade. E quanto à renda familiar, no grupo MVCHA mais de 50% possuía renda de até um salário mínimo, já no grupo das MVSHA 56,4% possuía renda familiar superior a 2 salários mínimos. Quanto ao uso de preservativo na primeira relação sexual, 74,3% das MVCHA e no outro grupo 45,2%. A prática de sexo em troca de dinheiro foi de 11,2% e 3,9% nos grupos com e sem HIV/Aids, entre outros resultados.
Conclusões/Considerações Evidenciou-se diferenças entre o perfil sócio demográfico e de trajetória sexual de mulheres com e sem HIV. A saúde sexual das MVCHA é um fenômeno complexo, o qual mostra um comportamento de risco na primeira e subsequentes relações sexuais. O conhecimento das características da saúde sexual oportuniza a atuação dos serviços de saúde e fornece evidências para ações de políticas públicas para o enfrentamento do HIV/Aids.
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