29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC16i - Gênero e Aids |
22603 - ACONSELHAMENTO PRÉ E PÓS-TESTE ANTI-HIV SOB A ÓTICA DAS MULHERES: CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE PÚBLICA HILANA MARA DA SILVA CONDÉ - UNIPAC, ELIS OLIVEIRA ARANTES - UNIPAC, ENIR TARCÍSIO FONSECA - UNIPAC, ERILA FONSECA FAGUNDES DE PAULA - UNIPAC, JANAÍNA DERMINA DA MOTA - UNIPAC
Apresentação/Introdução Este estudo reflete sobre a prática do aconselhamento pré e pós teste anti-HIV que apesar de assegurado pelas políticas publicas de saúde e reconhecido como fundamental na prevenção e controle do HIV, tem-se ainda dificuldades na efetivação dessa prática. Para guiar o estudo formulou a seguinte questão norteadora: Como se configura o aconselhamento pré e pós-teste anti-HIV na ótica das mulheres?
Objetivos Analisar como se configura o aconselhamento pré e pós-teste anti-HIV pelos profissionais de saúde na ótica das mulheres.
Metodologia Abordagem qualitativa. Cenário de pesquisa foi CTA para garantir a diversidade das participantes, sendo possível recrutar mulheres que passaram pelo teste anti-HIV em diferentes cenários de saúde, e assim, captar a prática do aconselhamento em diversas realidades dos serviços de saúde. Critérios de inclusão: mulheres que realizaram o teste anti-HIV em qualquer momento de sua vida, independente de sua condição sorológica para o HIV. O critério de exclusão: mulheres que realizaram o teste anti-HIV apenas no cenário do estudo. Coleta de dados por entrevista gravada em áudio guiadas por um questionário semiestruturado. Análise: análise de conteúdo referido por Bardin. Aprovação CEP nº 2180519.
Resultados Há uma conformidade entre as mulheres entrevistadas de que a não oferta do aconselhamento pré e pós-teste anti-HIV pelos profissionais de saúde acarreta sentimentos negativos e retarda o início e adesão ao tratamento para HIV: “porque você tem medo daquilo que você não conhece, se você conhece você não terá medo. Tem que te explicar: ‘ou você não está morrendo” (E1). “Eu tentei até suicidar queria acabar com tudo, morrer de uma vez, eu não aceitava a doença de medo das pessoas pensar” (E5). Sob a ótica das mulheres o aconselhamento deve ser implementado de forma mais humana, sigilosa e acolhedora: “uma pessoa com uma preparação, que explica o que é o HIV e como será daqui para frente”. (E2)
Conclusões/Considerações Apesar da política de descentralização do teste anti-HIV e do aconselhamento é possível aludir que não há articulação entre as políticas públicas e a prática assistencial que não contemplam o acolhimento, as informações relacionadas ao teste anti-HIV, o sigilo do diagnóstico e as questões que envolvem o tratamento. Tal situação afasta as pessoas do diagnóstico precoce, compromete a qualidade de vida e não garante a integralidade do cuidado.
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