29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC16g - Cuidado |
21579 - ATIVIDADE EDUCATIVA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: REFLEXÕES SOBRE OS DESAFIOS NA PRÁTICA CARLA CARDI NEPOMUCENO DE PAIVA - DOUTORANDA EM SAÚDE COLETIVA NO INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UERJ), ROSÂNGELA CAETANO - PROFESSORA ADJUNTA DO DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO EM SAÚDE DO INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UERJ), ADRIANA LEMOS - PROFESSORA ADJUNTA NO DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA DA ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO PINTO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UNIRIO)
Apresentação/Introdução A promoção da saúde enquanto prática assistencial de capacitação para autonomia e melhoria da saúde individual e coletiva no contexto das políticas de saúde brasileiras se fez presente posteriormente à implementação da Constituição de 1988, com a implantação do SUS. Atividades educativas são uma das estratégias para promoção da saúde sexual e reprodutiva na Atenção Primária à Saúde (APS).
Objetivos Descrever os limitações e potencialidades da atividade educativa para promover a saúde sexual e reprodutiva na Atenção Primária à Saúde.
Metodologia Estudo realizado em quatro unidades de APS do município de Juiz de Fora, situado no centro regional da Zona da Mata Mineira, no ano de 2014-2015. Utilizou-se métodos qualitativos, especificamente a técnica de observação participante das atividades educativas e de entrevistas semi-estruturadas com os participantes de tal atividade. Quatorze pessoas, sendo um homem e treze mulheres maiores de 18 anos, aceitaram participar da pesquisa, após sua aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados foram analisados segundo análise de conteúdo temático categorial.
Resultados As atividades foram realizadas predominantemente de forma expositiva, cuja abordagem limitada à a saúde da mulher e contracepção. O público majoritário foi de mães, do lar, heterossexuais, casadas e que já utilizavam métodos contraceptivos. As principais limitações identificadas foram a ausência de divulgação prévia das atividades educativas e inflexibilidade de liberação patronal e do horário dos serviços de saúde, dificultando a participação. Proximidade do serviço com usuário favorece identificação do seu contexto de vida e necessidades e a informação como instrumento para mobilizar mudanças positivas na prática social individual e coletiva estão entre as potencialidades para seu uso.
Conclusões/Considerações Necessita-se desenvolver estratégias para maior divulgação das atividades educativas de planejamento reprodutivo e fortalecimento da comunicação entre equipe de saúde e usuários, desmistificando o pensamento de grupos feitos só para as mulheres e reafirmando o direito reprodutivo como do casal. Recomenda-se reforçar a capacitação e reflexividade nas condutas profissionais para o reconhecimento dos contextos social, cultural, familiar e econômico.
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