Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC16h - Narrativas

27820 - EU NÃO ESTOU DOENTE! A ASSEXUALIDADE VAI AO CONSULTÓRIO.
MARCELO VIEIRA - UFSC, RODRIGO OTAVIO MORETTI PIRES - UFSC


Apresentação/Introdução
A assexualidade permanece à margem dos estudos de gênero e sexualidade enquanto a produção discursiva assexual encontra-se muito fértil. No entanto, os indivíduos assexuais encontram diversas barreiras sociais em seu cotidiano por conta das determinações heteronormativas e da sexualidade é compulsória, entre elas o discurso biomédico e a patologização das identidades que predomina na saúde.




Objetivos
Explorar produções discursivas sobre assexualidade e problematizar os efeitos da sexualidade compulsória, partindo do caso da saúde e sua organização assentada sobre esta, através de vivências de assexuais diante de profissionais e serviços de saúde.



Metodologia
Pesquisa de cunho qualitativo, cuja metodologia empregada é a entrevista individual semiestruturada, na qual o informante discorre sobre suas experiências de trajetória de vida e enquanto assexual, com respostas livres e espontâneas a partir das questões norteadoras propostas que cursam sobre seu processo de autoidentificação, experiências e sociabilidades cotidianas e o contato diante dos serviços e profissionais de saúde. Os participantes são recrutados do grupo de assexuais do presente estado em uma rede social. A análise do material é feita a partir da transcrição integral das entrevistas, apoiada na História da Sexualidade de Foucault e Problemas de Gênero de Butler.


Resultados
São narradas diversas situações nas quais observam-se violências por todo o cotidiano dos assexuais, a ressaltar aquelas originadas pelos profissionais de saúde e as institucionalmente localizadas. Diversos profissionais, em especial médicos, são citados como criadores de situações desconfortáveis e discriminatórias. Busca-se algum distúrbio fisiológico que explique a declarada identidade, quando não se acha afirma-se ser “preguiça” ou distúrbio psicológico. Serviços de hematologia, onde doação é proibida, e endocrinologia lideram as queixas, e os demais questionam e obrigam a publicização detalhada da vida sexual, sua regularidade e tipos de prática, orientação sexual ou romântica.


Conclusões/Considerações
Verifica-se por parte dos profissionais desconhecimento ou tratamento da assexualidade como patológica e que os mesmos proferem julgamentos de valor quanto às narrativas com discriminação quanto à legitimidade da sexualidade. Isso ocorre com base na expectativa compulsória da sexualidade e do desejo sexual, imanentes ao padrão heteronormativo e da sociedade sexual, o que se reproduz entre os profissionais e serviços de saúde.

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