29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC16h - Narrativas |
26367 - ORGANIZAÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA EM UMA EXPERIÊNCIA AGROEXTRATIVISTA E FEMININA NO ASSENTAMENTO MARGARIDA ALVES, MIRASSOL D’OESTE/MT ALINE REGIANE SIQUEIRA - MST, LUCINEIA MIRANDA DE FREITAS - DOUTORANDA ENSP/FIOCRUZ E MILITANTE MST
Apresentação/Introdução As organizações camponesas sofrem resistências, se forem femininas sofrem mais intensamente considerando que funções produtivas das mulheres são mais submetidas as suas funções reprodutivas. O grupo d’As Margaridas surgiu no ano de 2004, investe na formação sobre políticas publica, sobre direitos e questões de gênero além de buscar intercâmbios com outros grupos de produção feminista.
Objetivos Analisar a importância do grupo para a superação da dominação de gênero, como da violência, construção da autonomia das mulheres,
Articular o debate na perspectiva da divisão social e sexual do trabalho, com base no estudo de gênero.
Metodologia Como método utilizou-se da pesquisa-ação, cujas bases são o envolvimento entre pesquisadora e pesquisadas, a fusão dos saberes acadêmico e informal e a construção coletiva das respostas aos problemas levantados.
Além de participar da vida orgânica do grupo, foram feito entrevistas semi estruturada, dando oportunidade a elas de se abrir de forma espontânea para questões relativas à convivência familiar, às relações da vida doméstica, à atuação no grupo, à época de inicio do grupo e como se organizava, bem como ao processo de constituição das suas organizações.
As mulheres destacaram que uma das maiores dificuldades encontrada pelo grupo foi a falta de apoio, da comunidade e mesmo da família.
Resultados Não se refere a um trabalho qualquer, é uma atividade prazerosa possibilita o convívio e união entre elas para enfrentar adversidades. Uma conquista é a superação da violência doméstica.
Não gosto nem de lembrar quando ela chegava às vezes chorando na casinha. Uma vez ela chegou machucada, e chorando muito. Hoje ela não esta mais com a gente aqui na casinha trabalhando, mais quando nos encontramos nós percebe que ela esta feliz. Ele aprendeu a respeita a mulher trabalhadeira que tem. Ave Maria um home daquele! Ele num deixava ela com dinheiro e nem os 3 filhos dela (Ana)
Avançou na autonomia financeira
Eu pego meu dinheiro e compro minhas coisinhas, tem vez de até ajudar o Hélio eu ajudo. (Eni)
Conclusões/Considerações Grupos como d’As Margaridas têm muito a contribuir para a sociedade no que se refere ao reconhecimento de novos sujeitos políticos e à luta por maior democratização da sociedade. A participação das mulheres em grupos incentivadores de uma prática democrática em grande medida contribui para a construção do olhar crítico das mulheres, seja em relação às suas experiências como assentadas, seja em relação a percepção sobre a desigualdade de gênero.
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