Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC16h - Narrativas

21302 - REPERCUSSÕES DA DOR SOCIAL SOBRE OS PAPEIS DE GÊNERO DE MULHERES E HOMENS COM DOENÇA FALCIFORME
JOSEANE GOMES TRINDADE SILVA - UEFS, ALINE SILVA GOMES XAVIER - UEFS, MICHELLE DE SANTANA XAVIER RAMOS - UFRB, EVANILDA SOUZA DE SANTANA CARVALHO - UEFS


Apresentação/Introdução
Dor social é caracterizada por um conjunto de valores culturais. Dentre as doenças caracterizadas por dor social uma delas é a doença falciforme (DF). Os diferenciais de gênero implicam na forma como mulheres e homens vivenciam suas experiências.


Objetivos
compreender as repercussões da dor social sobre os papeis de gênero de mulheres e homens com doença falciforme (DF).


Metodologia
Estudo qualitativo, com cinco mulheres e onze homens maiores de 18 anos com DF e que já vivenciaram crises álgicas e cadastrados no Centro de Referência Atenção às Pessoas com Doença Falciforme em um município do semiárido baiano. Foi realizada a aplicação da técnica projetiva desenho estória-tema e entrevista semi estruturada. A coleta de dados foi no mês de março, abril e maio de 2016. Os dados foram analisados por meio da Análise de Conteúdo Temática de Bardin e posteriormente utilizou-se a Triangulação dos dados. Observou-se as recomendações da Resolução 466/2012.


Resultados
As mulheres que participaram do estudo eram negras, solteiras, com faixa etária entre 26 e 44 anos, evangélicas e estudaram até o ensino fundamental. Já os homens que participaram eram negros e solteiros, com faixa etária entre 18 e 52 anos, evangélicos e com escolaridade que variou entre ensino fundamental incompleto e ensino médio completo. Foram identificadas duas categorias temáticas: 1) Ser mulher e ter DF interfere nas atividades domésticas, na sexualidade e maternidade.2) Ser homem e ter DF interfere no trabalho, na sexualidade e paternidade.


Conclusões/Considerações
A dor social foi identificada nas relações de gênero de mulheres e homens com DF, interferindo em práticas e sentimentos essenciais da vida, como: trabalho, sexualidade, maternidade, paternidade e diretamente nas possíveis causas da baixa da autoestima.

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