Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC16c - Saúde Sexual e Reprodutiva

24873 - VIGIAR E PARIR: UMA BREVE GENEALOGIA DO RENASCIMENTO DO PARTO
NADIA - IMS - UERJ


Apresentação/Introdução
Abordaremos uma breve genealogia do renascimento do parto, que considera como fio condutor a evolução das práticas de assistência e as diversas acepções que o termo “medicalização” e seus correlatos assumem neste percurso, onde nosso desafio é vislumbrar a que anseios respondem.


Objetivos
Identificar o percurso acerca das concepções e práticas relativas ao
parto e nascimento, desde sua inscrição no campo da jurisdição médica e,
consequentemente, sua inserção no espaço hospitalar, até a contemporaneidade.


Metodologia
Consideramos pertinente identificar as possíveis e diversas acepções que o termo
“medicalização” e seus correlatos assumem neste percurso da evolução de práticas de assistência ao parto, bem como sinalizar os fenômenos que
nos parecem mais relevantes às transformações ocorridas, dentre eles a
“epidemia de cesarianas” que o caso brasileiro representa. Por fim, privilegiamos a
apresentação de alguns elementos que parecem compor um tipo ideal de parto, cuja
performance está vinculada às camadas médias urbanas e a um estilo de vida que, o
próprio parto, de certa forma, inaugura.


Resultados
Alguns marcos comumente destacados do que se chama “medicalização do parto e nascimento”, dentre eles: 1) a apreensão do parto como evento de ocorrência hospitalar e a consolidação da obstetrícia – e a consequente destituição da legitimidade das parteiras, o desenvolvimento e padronização de técnicas de intervenção no parto e evolução das cirurgias cesarianas em termos de segurança e inclusão desta prática médica na expertise profissional; 2) o fenômeno da “epidemia de cesarianas’ no caso brasileiro e 3) os movimentos de revisão do parto e a busca por um retorno do parto à categoria de evento não médico e natural, que reivindica para si uma espécie de identidade supostamente desmedicalizada.


Conclusões/Considerações
Nas diferenças sociais que constituem as mulheres, subjaz a racialização e sua posição de classe na assistência ao parto. Mulheres negras e pobres são frequentemente expostas à assistência com maiores intervenções, reforçando um pressuposto que elege a cesariana como modo de escapar à violência. Por outro lado, o parto "natural" performa uma estética e consolida-se como produto direcionado às camadas médias urbanas intelectualizadas.

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