Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC16c - Saúde Sexual e Reprodutiva

21767 - ÓBITO NEONATAL E EXPERIÊNCIAS DA MULHER NA REPRODUÇÃO E VIDA FAMILIAR: ESTUDO QUALITATIVO EM REGIÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL DE SANTOS- SP.
MACARENA URRESTARAZU DEVINCENZI - UNIFESP, LILIA BLIMA SCHRAIBER - USP


Apresentação/Introdução
A mortalidade neonatal é o principal componente da mortalidade infantil no Brasil. Seus fatores de risco tem sido associados à qualidade da atenção pré-natal, atendimento ao parto e cuidados ao recém-nascido. Todavia, os resultados na saúde perinatal não são apenas função da eficiência obstétrica e neonatal, mas também do contexto de vida da mulher e de sua saúde reprodutiva.


Objetivos
Examinar experiências de mulheres cujos filhos foram a óbito neonatal analisando aspectos relacionados à mulher como sujeito da família e da comunidade como seu contexto de vida, com base em questões de gênero e dos direitos sexuais e reprodutivos.


Metodologia
Analisaram-se os registros de óbitos neonatais nos anos 2015 e 2016, bem como a trajetória de vida e de cuidado de mulheres residentes na Zona Noroeste do município de Santos-SP que passaram pela experiência, por meio de entrevistas e análise de conteúdo, numa perspectiva qualitativa. A entrevista abordou a história de vida, incluindo aspectos da infância, juventude, reprodução, vida familiar e itinerário de cuidado no pré-natal e parto. A análise dos resultados baseou-se na triangulação de dados das entrevistas, dos documentos da seção de vigilância epidemiológica e dos diários de campo da pesquisadora, com informações dos serviços e equipes de saúde da área de abrangência dos casos.


Resultados
Entrevistaram-se 8 mulheres, 6 com mais de 30 anos, pardas e pretas, naturais de Santos, ensino médio completo, trabalhadoras da área de limpeza, trabalho informal ou do lar; 2 em torno de 20 anos, 1 branca e 1 parda, ensino fundamental completo, trabalho em padaria e restaurante. Identificaram-se situações da família de origem, incluindo abandono e violência doméstica. Histórico de gestações não desejadas, atribuídas a falhas de métodos contraceptivos (preservativos e métodos hormonais) e “para dar um filho” ao homem; insatisfação com método hormonal (oral ou injetável) pelos efeitos associados (aumento de peso e pressão arterial); não acesso a outras opções para anticoncepção.


Conclusões/Considerações
As mulheres do estudo estão no espaço doméstico, na função reprodutiva ou em ocupações de baixa qualificação. Assumem a responsabilidade da anticoncepção, estão insatisfeitas com os métodos e aceitam a gestação indesejada, com riscos a sua saúde e de óbito neonatal. A violência doméstica contra as mulheres, o contexto de vida na pobreza e a experiência de violência institucional devem ser consideradas em pesquisas sobre mortalidade neonatal.

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