27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC16b - LGBT I |
24586 - A EXPERIÊNCIA DO CINECLUBE HOMOERÓTICO COM(O) GRUPOS DE AJUDA E SUPORTE MÚTUOS À POPULAÇÃO LGBT, SEUS AMIGOS E FAMILIARES CARLOS FREDERICO BUSTAMANTE PONTES - UFSJ, FABIANA NUNES MERHY-SILVA - UFRJ
Apresentação/Introdução O Cineclube, desenvolvido via UFSJ, teve como espaço de exibição dos filmes e debates o Centro Cultural. A mostra LGBT foi organizada a partir de uma perspectiva histórico-social e cronológica, que conduziu as discussões pelo viés do cinema, através do enfoque dos diretores, roteiros e países de origem dos filmes acerca das questões LGBT, sob os pontos de vista sócio-psico-antropológico.
Objetivos O objetivo do Cineclube foi promover, pela ótica do cinema e do teatro, uma maior abertura, compreensão, reflexão e debate acerca das questões que envolvem as identidades lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual e transgênera na atualidade.
Metodologia Neste trabalho, foram utilizados Psicodramas Pedagógicos (Moreno, s/d; Romaña, 1987 e 1992; Merhy-Silva, 2013), Sociodramas (Hess & Savoye, 2006; Menegazzo et al., 1995) e abordagens de empoderamento, especificamente Grupos de Ajuda e Suporte Mútuos (Vasconcelos, 2003). Enquanto a ajuda mútua visa à acolhida, à troca de experiências e de apoio emocional, realizadas em grupos compostos por pessoas com problemas comuns, que partilham do mesmo tipo de sofrimento; o suporte mútuo visa realizar juntos (usuários, familiares e amigos) atividades artísticas, culturais [ir juntos ao cinema, teatro], de reconhecimento, e a utilização de recursos sociais na sociedade local (Vasconcelos, 2013:p.14).
Resultados Foram 23 exibições cinematográficas acompanhadas de debates, totalizando um público de 200 pessoas. Também foi apresentado um espetáculo teatral e uma palestra-intervenção sobre Integralidade na Saúde, um dos princípios do SUS. Tal intervenção, bem como os filmes-debates, foram considerados como Psicodramas Pedagógicos e, por vezes, Sociodramas. Além destas abordagens psicossociais, nossos trabalhos constituíram-se como verdadeiros Grupos de Ajuda e Suporte Mútuos aos usuários destes, funcionando como dispositivos de empoderamento na produção de saúde coletiva e indo ao encontro do objetivo-geral da Política Nacional de Saúde Integral LGBTT (MS, 2013).
Conclusões/Considerações Os grupos foram fonte de identificação de violações de direitos humanos e ponte para produção do cuidado. O projeto atingiu participantes do movimento LGBT, simpatizantes heterossexuais interessados na discussão do tema proposto, aluno(a)s e professore(a)s da UFSJ em geral e a comunidade são-joanense. A natureza extensionista do trabalho desdobrou-se em pesquisa-intervenção, que compõe um doutoramento interdisciplinar através da UFSC.
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