Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC16b - LGBT I

22838 - PERCEPÇÕES DE MULHERES TRANSGÊNERAS SOBRE A PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO AO HIV: UMA REVISÃO DA LITERATURA
NATHÁLIA PACÍFICO DE CARAVLHO - UFMG, CÁSSIA CRISTINA PINTO MENDICINO - UFMG, RAISSA CAROLINA FONSECA CÂNDIDO - UFMG, DENYR JEFERSON DUTRA ALECRIM - UFMG, CRISTIANE APARECIDA MENEZES DE PÁDUA - UFMG


Apresentação/Introdução
Mulheres transgêneras (trans) são desproporcionalmente afetadas pelo HIV em todo o mundo e invisibilizadas no cenário dessa epidemia. Assim, podem compor um grupo considerado chave para o uso de estratégias de prevenção, como a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), que consiste no uso de antirretrovirais por pessoas não infectadas que se encontrem sob risco de adquirir o vírus.


Objetivos
Descrever a percepção de mulheres trans com relação à PrEP, identificando o conhecimento da existência dessa intervenção, a disposição para usá-la e as barreiras e facilitadores para o uso.



Metodologia
Foi realizada revisão da literatura a partir de busca eletrônica estruturada nas bases de dados MEDLINE/PubMed, em fevereiro de 2017, de trabalhos originais sobre a percepção da PrEP por mulheres trans, sem delimitação do período de publicação. Para serem incluídos, os estudos deveriam abordar pelo menos uma das seguintes questões: conhecimento da existência da PrEP, disposição para usá-la e barreiras e facilitadores para o uso. A estratégia de busca recuperou 82 artigos, os quais tiveram seus títulos e resumos avaliados. Destes, 14 se adequaram aos critérios de inclusão e foram selecionados para a fase de leitura completa. Nesta etapa, quatro estudos foram excluídos, restando 10 trabalhos.


Resultados
Os estudos incluídos foram publicados entre 2011 e 2017, em 6 diferentes países. Foi encontrada uma variação de zero a 66% com relação ao conhecimento sobre a existência da PrEP. Na maioria das investigações (78%), a disposição para usar esta intervenção era alta. As barreiras mais recorrentes para o uso da PrEP foram relacionadas a custo, efeitos adversos, estigma relacionado ao HIV, transfobia nos serviços de saúde e possíveis impactos na terapia hormonal. Os facilitadores mais relatados foram: integração do serviço de provisão da PrEP àqueles já implementados para mulheres trans, percepção de benefícios para a comunidade trans e proteção extra em comportamentos de risco.


Conclusões/Considerações
Os resultados encontrados podem auxiliar na estruturação de serviços de provisão da PrEP voltados para mulheres trans - inclusive no Sistema Único de Saúde, com a recente incorporação desta intervenção. Abordagens sensíveis às realidades dessa população, que considerem suas vivências, expectativas e receios são fundamentais para garantir seu envolvimento, retenção e adesão aos programas e serviços de prevenção de HIV/aids.

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