27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC16a - Aborto e contracepção |
26147 - PLANEJAMENTO FAMILIAR X ASSISTÊNCIA À CONCEPÇÃO: COMPREENSÃO DE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA GABRIELA MARIA COSTA CAVALCANTI - UEPB, JÚLIA GABRIELA DE MEDEIROS RODRIGUES - UEPB, SAMARA BARRETO DE OLIVEIRA - UEPB, JURACEMA GOMES DE MEDEIROS - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMPINA GRANDE, SUELY DEYSNY DE MATOS CELINO - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE.
Apresentação/Introdução A legislação nacional define o planejamento familiar como um conjunto de ações de regulação da fecundidade e garante o auxílio à concepção, elege a atenção primária como o local para promover a saúde sexual e reprodutiva, que tem como responsabilidade executar atividades que possam identificar e auxiliar o casal que busca a assistência à concepção.
Objetivos Analisar a compreensão de profissionais de saúde sobre a assistência à concepção no planejamento familiar.
Metodologia Estudo qualitativo realizado com 80 equipes de Unidades Básicas de Saúde da Família, distribuídas em 8 distritos sanitários de saúde, do município de Campina Grande-PB, no período de junho de 2016 a abril de 2017. Participaram do estudo 30 médicos e 50 enfermeiros que trabalhassem na Estratégia de Saúde da Família há pelo menos 6 meses e realizassem atendimento de planejamento familiar. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, transcritas na íntegra e analisadas segundo referencial teórico do método de análise de conteúdo proposto por Bardin. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, sendo aprovado sob CAAE nº 69239717.4.0000.5187.
Resultados Das análises emergiram três categorias: Aspectos teóricos da assistência à concepção no planejamento familiar; Conhecimento sobre os serviços especializados no município, e Aspectos legais sobre assistência à concepção no planejamento familiar. As ações de planejamento familiar seguem priorizando a contracepção como foco da assistência e a assistência à concepção limita-se a abordagem teórica. Constata-se que os profissionais não informam com exatidão a existência de serviços de referência para assistência à concepção seja no município ou fora dele e não relacionam garantia da assistência com o aparato legal existente desconhecendo a legislação que a assegura .
Conclusões/Considerações As ações do planejamento familiar direcionam-se à contracepção e os profissionais que abordam à concepção apresentam dificuldades para o seu desenvolvimento por limitação de recursos e serviços para garantir a assistência. Não existe pactuação e serviços de referência especializada no município. Não há abordagem dos direitos ao acesso a métodos de reprodução, predominando o conhecimento da legislação sobre métodos de contracepção definitiva.
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