28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO16g - Gênero, Sexualidade, Juventude e HIV/AIDS |
26274 - AIDS EM CARTAZ: ANÁLISE DAS CAMPANHAS DE 1º DE DEZEMBRO (2013-2017) HELENA SALGUEIRO LERMEN - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, CLAUDIA MORA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, ANDRÉ LUIZ MACHADO DAS NEVES - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, ROGERIO LOPES AZIZE - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Apresentação/Introdução Por anos, as campanhas do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) basearam-se em populações-alvo e na promoção do uso do preservativo. Em 2013, com a perda da visibilidade das questões de gênero e orientação sexual nas políticas preventivas, o DIAHV anunciou novo foco de ação: a prevenção combinada (PC).
Objetivos O estudo objetivou analisar as representações sobre sexualidade e prevenção em cartazes produzidos pelo DIAHV a partir da diretriz da prevenção combinada, adotada em 2013.
Metodologia Análise descritiva e documental de cartazes de cinco campanhas do dia 1º de dezembro (2013-2017). O material, acessado no website do DIAHV, foi submetido a análise de conteúdo, para identificação dos principais temas referentes às representações sobre sexualidade e prevenção, associando-os ao conceito de vulnerabilidade. Ainda, foi investigado o contexto da instabilidade das campanhas, como jogo de visibilização e invisibilização de determinados sujeitos e identidades.
Resultados A análise foi organizada em três eixos: 1) mote das campanhas e instituições representadas; 2) tecnologias de prevenção e mensagens morais; 3) tipos de ação e sujeitos. Os resultados apontam que os aspectos relacionais do uso do preservativo e de outras tecnologias teriam menos relevância, ao passo que a individualização do cuidado vem se acirrando sob a lógica de “testar para se conhecer”. Salienta-se a oferta de alternativas para além do preservativo, através do símbolo do tripé: preservativo, teste e comprimido. Isso sugere que a PC passou a orientar as campanhas do DIAHV desde seu lançamento, distinto das campanhas anteriores que privilegiavam populações-alvo e o preservativo masculino.
Conclusões/Considerações As mensagens dos cartazes tendem a colocar a prevenção em termos de individualização do cuidado e responsabilidade de si. Uma vez que a PC visa ampliar o escopo das opções que as pessoas e comunidades têm para se prevenir contra o HIV, considera-se relevante discutir como os sujeitos e ações representadas nas campanhas podem estimular o diálogo e a tomada de decisões de prevenção sem perder de vista as questões de gênero e orientação sexual.
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