28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO16g - Gênero, Sexualidade, Juventude e HIV/AIDS |
24003 - ESCOLA, GÊNERO E ZOEIRA: REFLEXÕES A PARTIR DE INTERVENÇÃO COM JOVENS DE ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO GUARUJÁ/SP PRISCILLA KARAVER GONÇALVES DE SÁ - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - CAMPUS BAIXADA SANTISTA, CRISTIANE GONÇALVES DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - CAMPUS BAIXADA SANTISTA
Apresentação/Introdução A reflexão é parte de iniciação científica articulada à experiência em extensão e pesquisa de pós doc realizadas em escola pública de Guarujá (litoral sul/SP). Escola é território privilegiado de socialização de jovens pelas pedagogias culturais que nele operam, na constituição das relações de gênero que hierarquizam os sujeitos e fazem parte da sexualidade, saúde e direitos para seu exercício.
Objetivos Discutir como as normas de gêneros são agenciadas pelos/as jovens estudantes da escola do Guarujá, apreender como masculinidades e feminilidades os constituem a partir das zoeiras, relações lúdicas cotidianas e oficinas executadas pelas pesquisas.
Metodologia A partir de distintas abordagens metodológicas, a pesquisa prioriza etnografia e pesquisa-ação. A primeira, escolhida por possibilitar apreender as dinâmicas das relações, a partir das performances de gêneros no cotidiano escolar e a intervenção educativa (oficinas), como pesquisa-ação, por promover conexão com trabalho de extensão (Projeto Juventudes e Funk na Baixada Santista: territórios, redes, saúde e educação). Foram realizadas 6 oficinas que investiram na sensibilização dos/as jovens para questões que aparecem como fonte de conflitos buscando a desnaturalização do feminino/masculino e sexualidades a partir das experiências, significados e culturas juvenis.
Resultados A partir do trabalho etnográfico na escola, observou-se que é território organizado a partir dos corpos masculinos e femininos e dos significados atribuídos a eles. A zoeira têm gênero e são meninos que assumem mais o protagonismo, (falam e riem alto, movimentam-se). Meninas também protagonizam zoeiras, mas mais raramente, causando surpresa por parecer subverterem expectativas de gênero. A linguagem utilizada como disparadora das oficinas (memes, músicas, elementos lúdicos) permitiu apreender as expectativas de gênero para meninos e meninas, desencadeou discussões e conflitos que ajudaram as/os jovens a se questionaram sobre o que se espera deles/as e sobre seus comportamentos.
Conclusões/Considerações A pesquisa permitiu acessar compreensões dos/as jovens do território escolar sobre significados de ser mulher e homem, o que se espera deles/as; alguns limites (violentos, por vezes) para os gêneros; agenciamentos que estudantes fazem dessas expectativas. O material ainda está em análise e possibilitará aprofundar aspectos e ser utilizado para atividades de extensão empenhadas na promoção da saúde e direitos sexuais de jovens na escola.
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