Comunicações Orais

27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO16e - Gênero e cuidado II

22127 - VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E IMPLEMENTAÇÃO DE NÚCLEOS DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA: A PERCEPÇÃO DE TRABALHADORAS DE TRÊS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
MARINA SILVA DOS REIS - FMUSP, ANA FLÁVIA PIRES LUCAS D'OLIVEIRA - FMUSP


Apresentação/Introdução
Violência doméstica contra mulher é fruto de desigualdades de gênero e, como outras expressões de violência, apresenta diversos efeitos negativos à saúde, impactando a frequência da busca por serviços de saúde. No município de São Paulo foi formulada política de Atenção Integral à Saúde da Pessoa em Situação de Violência, a partir da qual se determina a criação de Núcleos de Prevenção à Violência.


Objetivos
Compreender se, sob perspectiva de trabalhadoras de UBS, o trabalho com violência é do escopo da saúde e se houve mudanças nas práticas de cuidado em relação a mulheres em situação de violência após implementação de Núcleos de Prevenção à Violência.


Metodologia
Foram realizadas treze entrevistas semi-estruturadas com trabalhadoras de três UBS, com Núcleo de Prevenção à Violência estabelecido ou em fase de implantação, da região sudeste do município de São Paulo. Buscou-se heterogeneidade quanto à participação no NPV e formação profissional. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à Análise Temática de Conteúdo. Realizou-se a análise através de três blocos temáticos: (1) definição do problema, (2) educação/formação e (3) cotidiano e prática profissional. Os blocos foram constituídos por categorias presentes na literatura utilizada, somadas de categorias empíricas, provenientes do material produzido em campo.


Resultados
Constatou-se que as trabalhadoras consideram a violência parte do escopo da saúde, mas não exclusivamente. Foi encontrada relação entre percepções pessoais sobre violência e desigualdades e envolvimento com o tema, bem como inclinação em realizar a prática sob uma perspectiva de gênero. A rede de serviços foi apontada como frágil e foi demonstrado desconhecimento sobre seu funcionamento. Foram apontadas mudanças no fazer profissional a partir das políticas, em especial pelas trabalhadoras com maior aproximação anterior ao tema, mas mesmo estas consideraram que ainda é necessário que ocorra uma série de mudanças para que se possa oferecer cuidado integral às mulheres em situação de violência.


Conclusões/Considerações
O modo como as trabalhadoras se enxergam dentro da estrutura social e a visão que dela constroem influenciam diretamente na realização de seu trabalho frente a situações de violência. Mostrou-se necessário: realizar cuidado aos casos sob uma perspectiva de gênero; investir na formação e no cuidado às trabalhadoras da saúde; fortalecimento da rede intersetorial; criação e fortalecimento de políticas públicas efetivas no combate às desigualdades.

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