27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO16d - Saúde Sexual e Reprodutiva II |
21362 - O CUIDADO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE JUNTO À POPULAÇÃO MASCULINA REBECA VALENTIM LEITE - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, ANA PAULA CHANCHARULO DE MORAIS PEREIRA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Apresentação/Introdução O trabalho do Agente Comunitário de Saúde (ACS) à vinculação e acompanhamento de usuários pelas Equipes de Saúde da Família (EqSF) é primordial ao funcionamento desta estratégia da Atenção Básica (AB). Desses, os homens requerem atenção diferenciada por sua baixa frequência neste nível de atenção, devendo a Política de Saúde do Homem (PNAISH) direcionar o processo de trabalho dos profissionais.
Objetivos A partir da premissa de que as concepções dos profissionais podem influenciar a sua prática, este estudo tem como objetivo compreender a percepção e as práticas dos ACS junto à população masculina.
Metodologia Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa, do tipo descritivo-exploratório, integrante do projeto de pesquisa “A percepção e a prática do Agente Comunitário de Saúde junto à população masculina” apresentado como Trabalho de Conclusão de Residência. Foi aplicado questionário semiestruturado a nove ACS de quatro EqSF de um município da Região Metropolitana de Salvador/BA, em maio/2016. A análise de dados se deu por meio da Análise de Conteúdo, na qual resultou nas seguintes categorias analíticas: “Ser Homem na Perspectiva dos ACS”, “O Trabalho do ACS e os Homens”, “Barreiras do Trabalho do ACS com os Homens” e “Visão dos ACS sobre a Promoção do Acesso Masculino em seu Trabalho”.
Resultados O processo de trabalho do ACS direcionado ao público masculino, em geral, não diferiu do trabalho executado às demais populações. Verificou-se que os ACS utilizaram questões de gênero para explicar o comportamento masculino diante de sua saúde e justificar as facilidades e limites em seu trabalho direcionado a esta população. Poucos relataram promover grupos de educação em saúde com a inclusão do homem, assim como a ausência de apoio da gestão municipal para a realização destes. Por fim, foi percebido que realizam atividades que não correspondem a suas atribuições, tais como marcação de consultas e exames, solicitação de exames diagnósticos e busca por medicamentos na USF para os homens.
Conclusões/Considerações Os relatos mostraram elementos que devem ser discutidos com as EqSF e gestores, visando a necessidade de aproximação das práticas do trabalho com a PNAISH. A construção de espaços que promovam reflexão sobre questões de gênero e masculinidade devem ser parte da Educação Permanente em Saúde dos profissionais da AB. Ainda, faz-se necessária a utilização de outras formas de vinculação entre EqSF e homens como forma de promover melhor acompanhamento.
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