26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO16b - Gênero e cuidado I |
26831 - O APRENDIZADO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE MEDICINA NA 2ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE DAS MULHERES DOUGLAS VINICIUS REIS PEREIRA - DENEM, GUSTAVO DI LORENZO VILLAS BOAS - DENEM, ANA HELENA ALVES REIS SILVA - DENEM, JOÃO VITOR BARBOSA DE RESENDE - DENEM, CÂNDIDA DRIEMEYER - DENEM, DJERLLY MARQUES ARAÚJO DA SILVA - DENEM, EMERSON ALVES DE PAULA - DENEM, MARIA ISABEL ASSIS VIASUS - DENEM, MATHEUS GAMA SANTOS - DENEM, ANDRÉ FERREIRA DE ABREU JUNIOR - DENEM
Período de Realização A 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres ocorreu entre os dias 17 e 20 de agosto de 2017.
Objeto da Experiência A CNSMu reuniu 1800 pessoas, sendo 1261 mulheres delegadas, entre usuárias e trabalhadoras, além de movimentos sociais de mulheres e de parceiras (os)
Objetivos O objetivo da CNSMu foi de ampliar a mobilização e o engajamento das mulheres na agenda de resistência contra os retrocessos, tendo como bandeira a luta pela igualdade de gênero. Por isso, o movimento estudantil de medicina também se fez presente na construção desse importante momento histórico.
Metodologia Passados mais de 30 anos desde a última e até então única Conferência com esta temática, o CNS cumpre novamente seu papel dando voz as demandas dos movimentos sociais na produção de políticas públicas de saúde no Brasil. A metodologia de construção da CNSMu passou por etapas municipais e estaduais até chegar a etapa nacional. Diversos atores e entidades, assim como a DENEM, também puderam participar e organizar Conferências Livres a fim de garantir uma discussão ampla e democrática sobre o tema.
Resultados Esta experiência possibilitou a mobilização e construção, começando pela realidade das etapas locais, de propostas em torno do tema Saúde da Mulher. Revelando crescimento da participação social do campo da saúde no Brasil, a CNSMu mostrou que é possível uma ampla união das mulheres e dos diversos movimentos sociais, como o Movimento Estudantil de Medicina, a fim de avançar na construção de políticas públicas coerentes com o SUS público, gratuito, universal e de qualidade em que acreditamos.
Análise Crítica Este foi um espaço político de debate de ideias, de enraizamento de valores e práticas para o desenvolvimento da luta contra o patriarcado, o machismo, o sexismo e a misoginia. A CNSMu contribuiu para o avanço do controle social no SUS, qualificando o debate a cerca da atenção integral à saúde da mulher. Os e as estudantes de medicina precisam se formar perante essa realidade, a fim de que no futuro tenham uma prática profissional diferenciada, sendo esta uma experiência educacional histórica.
Conclusões e/ou Recomendações Portanto, o engajamento dos e das estudantes em processos que vão muito além da sala de aula é essencial. Experiências como a 2ª CNSMu precisam estar incluídas no itinerário de formação dos e das futuras profissionais de saúde que só terão uma atuação efetiva se forem capazes de compreender que o processo de adoecimento é orientado pela estrutura da sociedade e que utiliza do machismo enquanto ferramenta para se consolidar.
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