Comunicações Orais

26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO16a - Saúde Sexual e Reprodutiva I

22804 - EMPODERAMENTO FEMININO E COBERTURA DE INTERVENÇÕES DE SAÚDE MATERNO-INFANTIL EM PAÍSES DA ÁFRICA
FERNANDA EWERLING - INTERNATIONAL CENTER FOR EQUITY IN HEALTH/ UFPEL, CESAR VICTORA - INTERNATIONAL CENTER FOR EQUITY IN HEALTH/ UFPEL, ALUISIO JD BARROS - INTERNATIONAL CENTER FOR EQUITY IN HEALTH/ UFPEL


Apresentação/Introdução
Cobertura universal de saúde e o empoderamento de todas as mulheres são ambos parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável lançados em 2015. A literatura mostra que mulheres mais empoderadas tendem a ter melhores desfechos de saúde e a proporcionar melhor nutrição e cuidado para seus filhos.


Objetivos
Estimar a associação entre o nível de empoderamento feminino e a cobertura de intervenções materno-infantis em países da África e avaliar se existe modificação desse efeito entre os quintis de riqueza.


Metodologia
Analisamos dados do último inquérito DHS (Demographic and Health Survey) realizado para cada um de 34 países da África. Três domínios de empoderamento feminino foram medidos utilizando o SWPER (Survey-based Women’s emPowERment): atitude contra violência, independência social e poder de decisão. A cobertura de intervenções de saúde materno-infantil foi avaliada através do Composite Coverage Index (CCI), uma média ponderada da cobertura de oito intervenções ligadas ao planejamento familiar, cuidado na gestação e parto, vacinação e manejo de crianças com diarreia e suspeita de pneumonia. Foram realizadas análises ecológicas usando os países e os quintis de riqueza como unidades de análise.


Resultados
Em nível de país, o CCI aumentou 11.0 (IC95%: 3.8 – 18.3), 18.4 (IC95%: 11.8 – 25.0) e 11.7 (IC95%: 4.7 – 18.7) pontos percentuais para cada desvio padrão adicional de atitude contra violência, independência social e poder de decisão, respectivamente. Observou-se modificação do efeito da independência social e do poder de decisão entre os quintis de riqueza. Entre as mulheres mais pobres, um desvio padrão adicional em independência social e em poder de decisão aumentaram o CCI, em média, em 33.5 (95% CI: 22.1 – 44.9) e 16.9 (95% CI: 7.7 – 26.0) pontos percentuais. Entre as mais ricas, o efeito foi muito menor, mas ambos domínios ainda apresentam efeito positivo no CCI.


Conclusões/Considerações
Existe uma correlação positiva entre empoderamento feminino e o CCI em nível de país. Para independência social e poder de decisão, o efeito do empoderamento se mostrou substancialmente maior entre as mulheres mais pobres. Estudos em nível individual são necessários para avaliar se intervenções de empoderamento feminino seriam eficazes para aumentar a cobertura e reduzir as desigualdades no CCI.

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