29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC27k - Envelhecimento e Cuidado em Saúde |
22927 - INFLUÊNCIA DA IDADE, PERÍODO E COORTE NAS TENDÊNCIAS DE INCAPACIDADE EM IDOSOS COMUNITÁRIOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE ESCOLARIDADE SILVIA LANZIOTTI AZEVEDO DA SILVA - INSTITUTO RENÉ RACHOU FIOCRUZ MG/UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS, TAYNÃNA CÉSAR SIMÕES - INSTITUTO RENÉ RACHOU FIOCRUZ MG, SÉRGIO VIANA PEIXOTO - INSTITUTO RENÉ RACHOU FIOCRUZ MG/UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Apresentação/Introdução O nível de escolaridade de idosos está relacionado com a forma como eles desenvolvem incapacidade ao longo do envelhecimento. Esta tendência pode ser influenciada pelos efeitos de idade, relacionada aos processos biológicos do envelhecimento; período, relacionado ao momento do estudo vivenciado por todos os idosos; e coorte, que representa as experiências destes indivíduos ao longo da vida.
Objetivos Avaliar as diferenças existentes entre as tendências de mudança na prevalência de incapacidade em função da idade, período e coorte, em grupos de idosos com maior e menor escolaridade.
Metodologia Foram avaliados idosos da coorte de Bambuí, estudo com acompanhamento anual por 15 anos. Os idosos com até 3 anos de estudo foram considerados “baixa escolaridade” e com 4 ou mais, “alta escolaridade”. A incapacidade foi identificada pelo relato do idoso de “muita dificuldade” ou “não consegue” para a realização de Atividades Básicas e Instrumentais de Vida Diária (ABVD/AIVD). Idade e período foram agrupados a cada 3 anos, e as coortes a cada 5 anos. Os efeitos lineares de idade, e não-lineares de período e coorte na prevalência de incapacidade foram mensurados por modelo de regressão de Poisson, para cada grupo de escolaridade, e também analisada a diferença entre os grupos.
Resultados A prevalência de incapacidade para ABVD e AIVD aumentou nos 9 primeiros anos, e decaiu no final, mas somente para as AIVD atingiu níveis inferiores aos iniciais, para alta e baixa escolaridade. O efeito de período foi significativo (p<0,001) nos dois grupos para as duas atividades, sendo o efeito temporal mais importante observado. A razão de prevalência foi positiva e decrescente em relação ao primeiro período de observação em ambos os casos e grupos. Para ABVD e AIVD, a prevalência apresentou tendência similar nos dois grupos, sendo a razão próxima de 1.
Conclusões/Considerações Para ABVD e AIVD, os padrões de redução da prevalência nos períodos mais recentes foram semelhantes, relacionados ao período, tanto para baixa quanto para alta escolaridade. A avaliação das tendências da prevalência de incapacidade permite traçar estratégias mais eficazes para cada grupo, em busca da preservação da capacidade funcional.
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