29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC27k - Envelhecimento e Cuidado em Saúde |
22048 - INCAPACIDADE FUNCIONAL PARA ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA EM IDOSOS COM DOENÇAS REUMÁTICAS PRISCILA DE PAULA MARQUES - UNICAMP/ SÃO LEOPOLDO MANDIC, PRISCILA MARIA STOLSES BERGAMO FRANCISCO - UNICAMP, FLÁVIA SILVA ARBEX BORIM - UNICAMP, ANITA LIBERALESSO NERI - UNICAMP
Apresentação/Introdução Com o envelhecimento populacional observa-se maior ocorrência de doenças crônicas e de incapacidade funcional, caracterizada pela restrição de habilidades físicas e mentais na realização de atividades básicas diárias e nas de maior complexidade. Entre as doenças crônicas, as doenças reumáticas destacam-se com maior impacto nas doenças incapacitantes.
Objetivos Caracterizar o perfil sociodemográfico de idosos com artrite ou reumatismo em relação ao sexo, bem como estimar a prevalência e os fatores associados à incapacidade funcional para a realização de atividades instrumentais da vida diária.
Metodologia Utilizados dados de estudo sobre fragilidade em idosos realizado em 2008/2009 (Rede FIBRA - Rede de Estudos sobre Fragilidade em Idosos Brasileiros). A capacidade funcional foi avaliada pelo autorrelato dos idosos quanto à execução das Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs), pela Escala de Lawton. Verificada a distribuição sociodemográfica dos idosos com artrite ou reumatismo, segundo o sexo e avaliada a diferença entre os grupos pelo teste qui-quadrado de Pearson (p < 0,05). Estimou-se a prevalência de incapacidade para a realização das AIVDs nos idosos com artrite/reumatismo e verificaram-se os fatores associados por meio das as razões de chance (OR), ajustadas por sexo e idade.
Resultados Dos 1.136 idosos que referiram artrite/reumatismo, 79,1% eram mulheres e a média de idade foi 72,4 anos. Observaram-se diferenças entre os sexos quanto às características sociodemográficas (faixa etária, estado conjugal, renda e arranjo domiciliar). Cerca de 45,9% dos idosos com artrite/reumatismo apresentaram dependência para a realização de AIVDs. Maior prevalência de incapacidade foi observada entre os idosos sem escolaridade e naqueles com renda inferior a um salário mínimo. Também nos que viviam com filhos, com cônjuge e filhos/outros, naqueles que apresentaram algum grau de fragilidade e nos que pior avaliaram sua saúde (OR=1,67; IC95%: 1,18-2,36).
Conclusões/Considerações Observaram-se desigualdades em relação às condições sociodemográficas na prevalência de incapacidade para realização de AIVDs nos idosos com doenças reumáticas, assim como sua maior ocorrência naqueles com algum grau de fragilidade. O acúmulo sucessivo de carências sociais ao longo do ciclo de vida, têm reflexos negativos durante o processo de envelhecimento, principalmente em relação ao controle da doença e a independência funcional.
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