29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC27j - Práticas contraceptivas, gravidez e parto e situações de vulnerabilização |
28182 - O PERFIL DA MORTALIDADE MATERNA DO MUNICÍPIO DE NITERÓI DE 2006 A 2015
RAÍSSA RODRIGUES ORGANISTA - FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NITERÓI, FELIPE GUIMARAES TAVARES - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, CRISTINA PORTELA DA MOTA - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, ANGELA FERNANDES LEAL DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, CLEBER FERREIRA GEDDES JUNIOR - PREFEITURA DE SÃO GONÇALO
Apresentação/Introdução
A mortalidade materna representa um evento de grande magnitude e transcendência no Brasil e no mundo. Nas últimas décadas, as mortes maternas vem apresentando uma redução quantitativa nos países desenvolvidos. Porém, os países em desenvolvimento e subdesenvolvidos ainda são acometidos de altas estatísticas, o que representa um grave
problema de saúde pública.
Objetivos
Descrever as causas e o perfil epidemiológico dos óbitos maternos ocorridos no município de Niterói no período de 2006 a 2015.
Metodologia
Trata-se de estudo com epidemiológico descritivo sobre óbitos maternos ocorridos no município de Niterói (RJ) no período de 2006 a 2015 notificados ao Sistema de Informação sobre Mortalidade. Para tanto foi analisado o banco de dados secundários sobre óbitos em mulheres em Idade Fértil (MIF) disponibilizados pela Fundação Municipal de Saúde de Niterói.
Resultados
A razão de mortalidade materna oscilou entre 131,1 (2013) e 15,5 (2015), com grandes flutuações, porém sempre em declínio. As causas mais frequentes foram afecções obstétricas não classificadas (49,4%) e edema, proteinúria e transtornos hipertensivos (15,6%), consideradas causas diretas e evitáveis. O perfil epidemiológico demonstra maior parte dos óbitos entre residentes, nos serviços públicos, em mulheres de 20 e 39 anos, pardas ou pretas (56,0%), solteiras (65,0%), que completaram o ensino médio (38,9%) seguida de 16,8% para superior completo e incompleto. As mesmas se ocupavam em diversas atividades, com predominância nas atividades “do lar” (46,8%) seguidas das estudantes (6,5%).
Conclusões/Considerações
Ressalta-se a importância do correto preenchimento das declarações de óbitos para melhor monitoramento das mortes maternas. Os óbitos em sua maioria foram evitáveis sendo necessário a elaboração e instituição de planos de redução dos mesmos com intervenções nas principais causas e fatores contribuintes para a mortalidade materna. Assim como,
maior investimento na qualificação do pré-natal ofertado pelo município.
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