29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC27j - Práticas contraceptivas, gravidez e parto e situações de vulnerabilização |
24304 - USO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS E FATORES ASSOCIADOS EM MULHERES ADULTAS: RESULTADOS PRELIMINARES TONANTZIN RIBEIRO GONÇALVES - PPG SAÚDE COLETIVA UNISINOS, HELOÍSA MARQUARDT LEITE - PPG SAÚDE COLETIVA UNISINOS, FERNANDA DE SOUZA BAIRROS - UFRGS, MARIA TERESA ANSELMO OLINTO - PPG SAÚDE COLETIVA UNISINOS, NÊMORA TREGNAGO BARCELLOS - PPG SAÚDE COLETIVA UNISINOS, JUVENAL SOARES DIAS DA COSTA - PPG SAÚDE COLETIVA UNISINOS
Apresentação/Introdução É importante monitorar indicadores de desigualdades sociais quanto ao uso de métodos contraceptivos a partir de realidades regionais específicas. Tais dados podem orientar o planejamento de ações e políticas que garantam os direitos sexuais e reprodutivos na perspectiva da equidade e da diversidade, diminuindo barreiras de acesso a diferentes métodos contraceptivos.
Objetivos Verificar o uso de métodos contraceptivos e fatores demográficos e socioeconômicos associados em mulheres adultas de São Leopoldo/RS.
Metodologia Estudo transversal de base populacional com mulheres com vida sexual ativa. Foi utilizado questionário padronizado e pré-testado para coleta das informações de interesse de modo individual por entrevistadores treinados. Para verificar a associação com características demográficas e socioeconômicas, consideraram-se três desfechos: uso de anticoncepcional ora (ACO), ligadura tubária (LT) e uso de preservativo masculino (PM). A amostragem dos 45 setores censitários selecionados foi sistemática. Foram obtidas razões de prevalências, brutas e estratificadas por idade, e intervalos de confiança de 95% (IC95%) por meio de regressão de Poisson com variância robusta.
Resultados Foram incluídas 577 mulheres com idades entre 20 e 49 anos. A prevalência de uso de ACO, LT e PM foi, respectivamente, 40,5% (IC95%36,5-44,6), 14,2% (IC95%11,4-17,1) e 13,9% (IC95%11,0-16,7). Ainda, 13,3% das mulheres informaram uso combinado ACO e PM. Análises brutas apontaram que mulheres mais velhas, com menor escolaridade e classe econômica referiram menor uso de ACO. Já entre as mais velhas e com menor escolaridade houve maior presença de LT. Mulheres de 40 a 49 anos referiram menor uso de PM isolado e combinado do que as de 20 a 29 anos, e também aquelas com até 7 anos de estudo. Não foi verificada associação significativa da LT e do uso de PM com cor de pele e classe econômica.
Conclusões/Considerações Os resultados indicam a persistência de desigualdades sociais quanto ao uso de métodos contraceptivos, o que pode se associar tanto a dificuldades no acesso como a fragilidades das ações em saúde reprodutiva no sentido de atingir as necessidades e preferências das mulheres em maior vulnerabilidade social. Também se discutiu tendências no uso de contraceptivos a partir de dados populacionais de mulheres do município entre 2003 e 2015.
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