29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC27i - Puericultura e promoção da saúde infanto-juvenil |
23541 - ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA NA PRIMEIRA SEMANA DE VIDA NA REDE BÁSICA DE SAÚDE DO BRASIL: PROGRAMA DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE - PMAQ II MARIA DEL PILAR FLORES QUISPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL), ROSÁLIA GARCIA NEVES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL), SUELE MANJOURANY SILVA DURO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL), ELAINE TOMASI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL)
Apresentação/Introdução A realização da primeira consulta do recém-nascido durante a primeira semana de vida é de grande importância, já que é o momento no qual se pode orientar, auxiliar e diagnosticar uma possível anomalia no bebê. É por isso que o Ministério da Saúde preconiza primeira semana de saúde integral como um momento fundamental para a saúde e desenvolvimento de todas as crianças
Objetivos Avaliar a atenção à saúde da criança na primeira semana de vida, desde a percepção das mães, no âmbito do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ) ciclo II.
Metodologia Os dados foram coletados em 2013/2014 por meio de entrevistas, como parte da avaliação externa do ciclo II do PMAQ. O estudo incluiu 7.180 usuárias que tinham filhos menores de dois anos e que haviam comparecido à unidade básica de saúde para a consulta de até sete dias de vida. Foi analisado se na primeira consulta a criança foi pesada, medida, colocada para mamar, teve o umbigo examinado, se tinha certidão de nascimento, se foi orientada sobre a melhor posição para dormir, e se foi realizado o teste do pezinho. Ainda, foi criada uma variável dicotômica considerando o recebimento dos sete itens (sim/não). A escolaridade materna foi usada como exposição.
Resultados Na primeira consulta 94% das crianças foram pesadas e medidas, mais de 75% foram colocadas para mamar, 90% tiveram o umbigo examinado, 70% tinham certidão de nascimento, 72% foram orientadas sobre a melhor posição para dormir, e 91% realizaram o teste do pezinho. Apenas 39% (IC95%: 38-40) receberam todos os indicadores. Na análise bivariada as variáveis: se foi pesada, medida, certidão de nascimento, posição para dormir e teste do pezinho, não estiveram associadas com a escolaridade. No caso do umbigo examinado, foi maior em filhos de mães com maior escolaridade. Contrapondo, no item colocado para mamar, a prevalência foi maior em filhos de mães sem escolaridade.
Conclusões/Considerações Pelo menos 70% das crianças recebe cada indicador na primeira consulta após o nascimento. Porém, quando avaliados em conjunto, cerca de quatro a cada dez recebem todos os itens considerados prioritários pelo Ministério da Saúde. Além disso, ainda existem desigualdades socioeconômicas segundo a escolaridade da mãe, especialmente no exame do umbigo realizado pelo profissional de saúde nos primeiros sete dias de vida.
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