29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC27i - Puericultura e promoção da saúde infanto-juvenil |
22963 - FATORES ASSOCIADOS AO DESMAME PRECOCE NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO INTERIOR DE PERNAMBUCO. MAYNARA VINÍCIA SANTOS - IFPE, SILVANA CAVALCANTI DOS SANTOS - ESSA, ALINE MARIANO GAMA - ESSA, ANAMÉLIA SILVA SORIANO - ESSA
Apresentação/Introdução O aleitamento materno é a principal fonte de nutrientes para o lactente e deve ser oferecido desde a primeira hora de vida até os seis meses de idade de modo exclusivo. Após esse período deve-se introduzir gradativamente alimentos como sucos, frutas e verduras na dieta do bebê sem interromper a amamentação, que deverá ser mantida até dois anos ou mais se for vontade da mãe e do infante.
Objetivos Descrever quais os fatores que levam as mães a realizarem o desmame precoce dos seus filhos no município de Arcoverde – PE.
Metodologia Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória com abordagem quantitativa. O estudo foi desenvolvido nas 17 Estratégias de Saúde da Família no município de Arcoverde – PE, sendo duas localizadas na zona rural e 15 na zona urbana. Amostra foi composta de 85 mães assistidas pela Estratégia de Saúde da Família no município no período de março a maio de 2012. Utilizou-se um questionário semiestruturado com questões objetivas e subjetivas, as variáveis analisadas: idade, renda, escolaridade, ocupação, percepção sobre amamentação, ações do enfermeiro, motivos do desmame, entre outras. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade Maurício de Nassau, parecer N° 208/2011.
Resultados 60% das mães tinham entre 20 a 29 anos, 46% estudaram menos de oito anos, 53% apresentaram renda entre 1 e 2 salários mínimos, 56% achavam seu leite fraco, ruim e insuficiente. A idade média para o desmame foi menor que um mês 28%, as causas apontadas foram leite fraco 22%, pouco leite 35% e vontade da mãe 24%. Os principais substitutos foram o leite em pó 73%, alimentos sólidos 18% e suco 22%; 82% tiveram orientação no pré-natal, destas, 90% repassadas pelo enfermeiro com frequência de 69%; 72% das mães afirmaram não ter participado de palestras; 28% que afirmaram ter assistido algum evento sobre amamentação referiram que os assuntos discutidos foram benefícios 58% e que evita doenças 29%.
Conclusões/Considerações A duração do aleitamento materno encontrado foi abaixo do preconizado, demonstrando que o fato da mãe ter feito ou não o acompanhamento no pré-natal não teve relevância com a manutenção da amamentação. O enfermeiro foi apontado como principal incentivador do aleitamento, porém isso não interferiu na percepção materna sobre o seu leite. Faz-se necessário incentivar as práticas educativas de uma forma mais eficaz desde o pré-natal até o pós-parto.
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