28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC27g - Mulheres em suas fases de vida e perspectivas em saúde |
24318 - PREVALÊNCIA DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E SEUS FATORES DE RISCO ENTRE AS MULHERES BRASILEIRAS EM IDADE REPRODUTIVA.
THAYANE FRAGA DE PAULA - UFMG, JORGE GUSTAVO VELÁSQUEZ-MELENDEZ - UFMG, MARIANA SANTOS FELISBINO-MENDES - UFMG
Apresentação/Introdução
A atenção à saúde das mulheres em idade reprodutiva, persiste com enfoque no ciclo gravídico-puerperal com uma assistência voltada à reprodução. No entanto, sabe-se que doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e seus fatores de risco afetam a saúde da mulher, inclusive na sua capacidade reprodutiva, ocasionando desfechos reprodutivos negativos.
Objetivos
Estimar a prevalência dos indicadores de saúde das mulheres brasileiras em idade reprodutiva relativos às DCNTs e seus fatores de risco segundo características sociodemográficas.
Metodologia
Estudo transversal que analisou dados de 21.645 mulheres em idade reprodutiva (18-49 anos) participantes da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. Estimou-se prevalência com intervalos de 95% de confiança (IC95%) para 10 indicadores de saúde das mulheres, separados em 2 domínios (DCNT e fatores de risco). As prevalências dos indicadores também foram estimadas segundo região e escolaridade. Utilizou-se teste qui-quadrado de Pearson para verificar diferenças estatísticas. Considerou-se o desenho amostral complexo do inquérito para obter estimativas populacionais, por meio do módulo Survey do Stata versão 14.0.
Resultados
Dentre as mulheres estudadas, 9,5% relataram depressão, 11,6% diabetes, 2,7% hipertensão, 0,6% câncer ginecológico. Em relação aos fatores de risco para DCNT, 55% fazem consumo inadequado de frutas verduras e legumes, 43,7% são obesas, 14,2% são fumantes passivas diariamente, 10,1% consomem álcool abusivamente e são ex-fumantes e 95,5% são inativas. Mulheres com menor escolaridade apresentaram maiores prevalências de hipertensão, depressão e diabetes (p<0,0001) e da maioria dos fatores de risco. Regiões Sul e Sudeste apresentaram os piores desempenhos dos indicadores para DCNT e Nordeste e Sudeste os piores desempenhos dos indicadores para os fatores de risco.
Conclusões/Considerações
O estudo evidenciou que a menor escolaridade está associada a maiores prevalências dos fatores de risco e DCNT entre mulheres em idade reprodutiva. Também observou-se diferenças significativas dos indicadores segundo região, podendo demonstrar possíveis iniquidades em relação a saúde das mulheres.
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