28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC27f - Mortalidade infantil, prematuridade e determinantes sociais em saúde |
26630 - USO DE ADAPTAÇÕES NA APLICAÇÃO DA ESCALA BAYLEY (BSID-III) EM CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA ASSOCIADA AO ZIKA VÍRUS. TAMILES CERQUEIRA LOPES DA SILVA - UNIFACS, DARCI NEVES SANTOS - UFBA, LETICIA MARQUES DOS SANTOS - IHAC/UFBA, PAULA SANDERS PEREIRA PINTO - UNIFACS, CÍNTIA FIGUEIREDO AMARAL - UFRB, CAMILE BATISTA CABRAL - UFBA, MICHELLE CASTRO MONTOYA FLORES - UFBA, MANUELA RODRIGUES REQUIÃO - INSTITUTO DE PSICOLOGIA/UFBA, KARLA NICOLE RAMOS DE OLIVEIRA - IHAC/UFBA
Apresentação/Introdução A Escala Bayley (BSID-III) é amplamente reconhecida para avaliação diagnóstica do desenvolvimento infantil visando planejamento de ações de intervenção em casos de atraso. Entretanto no uso deste instrumento com crianças com alguma deficiência, pode haver dificuldades na aplicação e mensuração. Nesses casos, as adaptações oferecem uma oportunidade significativa de demonstrar o desempenho.
Objetivos Discutir a padronização e o uso de adaptações da Escala BSID-III na avaliação cognitiva, motora e de linguagem de crianças com Síndrome Congênita associada ao ZIKV, visando diminuir o impacto da deficiência sobre o real desempenho infantil.
Metodologia Trata-se da avaliação do baseline de uma coorte prospectiva, com 166 crianças com Síndrome Congênita associada ao ZIKV, nascidas em Salvador entre outubro/2015 e julho/2016. As aplicações foram realizadas nos postos de saúde ou na residência da família, nos 12 Distritos Sanitários do município. Diante das dificuldades encontradas na aplicação, e obedecendo as orientações do manual do instrumento, construiu-se uma escala de adaptações visando padronização e adequação para a população com deficiência. Trata-se de 16 adaptações, organizadas conforme o tipo de facilitação empregada (visual, motora ou geral), que podem ser utilizadas em todas as áreas de avaliação da BSID-III.
Resultados As adaptações são mudanças nos materiais ou nos procedimentos de testagem, aceitáveis ou permitidas pelo instrumento, para a realização das mesmas em crianças com múltiplas deficiências, desde que o conteúdo e objetivo das provas não seja modificado. Tais adaptações oferecem a oportunidade de demonstração do desempenho infantil em determinada área, diminuindo o impacto da deficiência naquilo que está sendo medido. Utilizar adaptações pode aumentar a validade das inferências feitas a partir dos escores dos testes. Das 164 avaliações realizadas, em 105 destas, foi utilizado a escala de adaptações, sendo 283 adaptações na escala cognitiva, 35 na escala de linguagem e 150 na escala motora.
Conclusões/Considerações Os dados observados sugerem a importância da construção de novas perspectivas na avaliação de crianças com desenvolvimento atípico. Minimizar a interferência de déficits sensoriais e/ou motores que dificultam a expressão do desenvolvimento cognitivo, motor e de linguagem no momento da aplicação facilita a mensuração do real potencial dessa criança.
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