27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC27d - Envelhecimento e Gênero |
22781 - ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS NA CIDADE DE SÃO PAULO, A PARTIR DE INQUÉRITO DE SAÚDE DE BASE POPULACIONAL KATIA CRISTINA BASSICHETTO - SMS-SP, ELIANA DE AQUINO BONILHA - SMS-SP, RENATA SCANFERLA SIQUEIRA - SMS-SP, RUBENS KON - FMUSP
Apresentação/Introdução Nas últimas décadas diversas transformações sociais e demográficas resultaram em mudanças no perfil nutricional da população brasileira, levando a transição nutricional e ao aumento do sobrepeso e da obesidade em todas as camadas sociais. Esse processo foi influenciado pelo crescimento do sedentarismo e tem contribuído para o aumento da morbimortalidade por doenças crônicas não transmissíveis.
Objetivos Apresentar estimativas de prevalências das categorias do estado nutricional de adultos residentes na cidade de São Paulo e sua relação com hipertensão e diabetes, a partir do inquérito de saúde de base populacional - ISA Capital 2015.
Metodologia De 4.043 entrevistados (12 anos e mais), selecionados a partir de amostra complexa, 2165 eram adultos (20 a 59 anos), representando uma população estimada de 7 milhões de residentes na cidade de São Paulo. Foi calculado Índice de Massa Corporal – IMC (kg/m2), considerando peso e altura autorreferidos utilizada classificação (OMS, 1995): Baixo peso (IMC<18,5 ); Eutrofia (IMC 18,5-24,9); Sobrepeso (IMC 25,0-29,9) e Obesidade (IMC ≥ 30,0). O estado nutricional foi analisado segundo variáveis socioeconômicas e demográficas selecionadas e sua relação com a hipertensão e o diabetes. Foram consideradas diferenças significativas quando não houve sobreposição dos intervalos de confiança (95%).
Resultados As estimativas de prevalência do estado nutricional de adultos foram: baixo peso (2,7%), eutrofia (41%), sobrepeso (36,2%) e obesidade (20,5%). Não foram observadas associações entre estado nutricional, renda e escolaridade. É maior prevalência de: a) sobrepeso nos homens (41,6% x 31,3%); b) excesso de peso entre adultos de 50 a 59 anos (44,3% x 29,2%) se comparados aos de 20 a 29 anos (27,9% x 12,7%); c) hipertensão e diabetes entre os obesos se comparados aos com sobrepeso e eutrofia (32,8% x 17,1% x 7,1%) e (9,2% x 4,7% x 1,9%). Foi observado aumento significativo da prevalência de obesidade (13,2% x 20,5%) nos resultados deste estudo quando comparados aos do ISA Capital 2008.
Conclusões/Considerações O monitoramento do estado nutricional e de fatores de risco associados pode contribuir para subsidiar o planejamento, execução e avaliação de ações em curso. Os resultados observados neste estudo reforçam a necessidade de intervenções para conter e reduzir as prevalências de sobrepeso e obesidade (importante fator de risco para outros agravos), baseadas em ações intersetoriais, compreendendo variadas instâncias e níveis de complexidade.
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