27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC27a - Protagonismo e promoção de saúde |
27973 - VIOLÊNCIAS NAS RELAÇÕES AFETIVO-SEXUAIS DE ADOLESCENTES: UMA REFLEXÃO A PARTIR DA LITERATURA. RENATA DE SOUZA CARVALHAES - IMS/ UERJ, CLAUDIA MERCEDES MORA CÁRDENAS - IMS/UERJ
Apresentação/Introdução A violência nas relações afetivo-sexuais de adolescentes ocorre com frequência e dificilmente estes sujeitos buscam ajuda institucional, familiar e de amigos. Porém, no Brasil não há políticas públicas voltada para esta questão e é um tema incipiente na acadêmia. Este estudo parte de uma revisão exploratória da literatura sobre o assunto e traz reflexões sobre os principais pontos investigados.
Objetivos O presente trabalho visa levantar os estudos produzidos na América Latina, Portugal e Brasil que discutem a violência nas relações afetivo-sexuais de adolescentes, e identificar as lacunas e abordagens do tema.
Metodologia Levantamento exploratório sobre violência nas relações afetivo-sexuais de adolescentes em bases de dados como: Biblioteca Virtual em Saúde e Sociological Abstract. Foram selecionadas para este trabalho pesquisas de Portugal, América Latina e Brasil.
O período pesquisado foi de 2000 a 2017 e os descritores utilizados foram: violência no namoro, violência entre parceiros íntimos, adolescente e sexualidade. Foi levantado sobre violência: dissertação (1), tese (1), artigos (21), relatório de pesquisa (1) e livro (2). Os achados sobre prevenção foram: dissertação (4), artigos (9) e monografia (1).
Há uma escassez de estudos no Brasil e as publicações mais relevantes são de meados de 2010.
Resultados Grande parte dos estudos são quantitativos e levantam as prevalências, as características da violência, o sexo do agressor/vítima e fator de risco. Os dados parecem apontar uma homogeneidade, porém é pouco problematizada a realidade sociocultural e o significado da violência para os adolescentes. Os estudos diferem quanto as análises de gênero.
Apesar da pouca literatura sobre o tema, no levantamento surgiram trabalhos sobre prevenção. Estes estudos têm a escola como o principal local de intervenção, se baseiam em conceitos a priori, fazem uso de variáveis cognitivas e comportamentais e pouco avaliam a necessidade dos adolescentes e o modo que eles vêm agenciando a violência nas relações.
Conclusões/Considerações Identificamos a necessidade de avanços nos estudos sobre violência nos relacionamentos de adolescentes e inserção do tema nas pautas de políticas públicas no Brasil. Todavia, é fundamental compreender as visões dos jovens, possibilitar diálogos horizontais que vão além de lógicas de controle da sexualidade e conceitos prévios sobre a violência, promovendo protagonismo dos sujeitos e agenciamento diante relações percebidas como violentas.
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