28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO27j - Agendas politicas em saúde da mulher e decisões |
23863 - VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: ATÉ QUANDO UMA REALIDADE NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO? SÓSTENES CONCEIÇÃO DOS SANTOS - UNEB, JOÃO HENRIQUE FONSECA DO NASCIMENTO - UNEB
Período de Realização O presente trabalho relata a experiência intervencionista realizada de 17 a 19/12/2017.
Objeto da Experiência Gestantes de um município da região metropolitana de Salvador/BA e a aplicação de técnicas estruturadas neste campo.
Objetivos Realizar ação de educação em saúde em parceria com a USF; Fundamentar o papel da universidade como instrumento transformador da realidade em saúde; Empoderar as mulheres e gestantes do município em questão sobre seus direitos em saúde em prol de melhor qualidade de vida.
Metodologia Em primeiro momento, os acadêmicos de medicina avaliaram o território albergado pela USF alvo, quando se reconheceu e elencou as necessidades de saúde do local. Em posterior, planejou-se com bases nas diretrizes da ENSP a presente intervenção. Conseguinte, executou-se a oficina intitulada “Conversa de Gestante”, pela manhã e pela tarde, a qual se montou uma mesa de café-da-manhã e lanche da tarde e foi instituído um bate-papo, na qual, alunos inquietavam as gestantes com conhecimento científico.
Resultados Com a liberdade e o lugar específico de fala, as gestantes puderam expor suas experiências. Do exposto, a violência obstétrica foi o que mais chamou a atenção. No momento em que o tópico “parto” foi instalado na discussão, todas as gestantes tinham pelo menos uma experiência de violência ou desrespeito a relatar. Notou-se que, apesar de ter sido confirmada a impecabilidade do pré-natal e cuidado atencioso da equipe de saúde da família, o momento do parto apresentou-se como traumático e abusivo.
Análise Crítica É importante salientar que, mesmo sem o conhecimento científico aplicado, as próprias gestantes, em suas próprias maneiras de fala, apontaram como, e de forma humana, os problemas poderiam ser resolvidos, a exemplo de uma reciclagem contínua desse profissional médico. Complementar, a prática deste “Café com Ciência” foi ímpar para que a gestante se sentisse ativa no processo do serviço de saúde e com a possibilidade de analisar e criticar o mesmo.
Conclusões e/ou Recomendações Elencou-se que algumas medidas poderiam ser tomadas a fim de se sanar os problemas, como educação permanente dos obstetras e o empoderamento eficaz da gestante, instruindo-a sobre dispositivos legais de proteção. Há necessidade imediata de se pôr em consonância o cuidado do pré-natal e a prática obstétrica hospitalar para que as necessidades humanas e de saúde das gestantes sejam atendidas, em prol de uma excelente qualidade da experiência de ser mãe.
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