28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO27j - Agendas politicas em saúde da mulher e decisões |
23543 - FATORES ASSOCIADOS A TER UMA FONTE USUAL DE CUIDADO ENTRE MULHERES TRABALHADORAS DO SEXO EM 12 CIDADES DO BRASIL TALITA CASTRO GARCIA MATTEONI - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA, INÊS DOURADO - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA, CARLA GIANNA LUPPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, CELIA LANDMANN SZWARCWALD - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
Apresentação/Introdução O uso frequente de um mesmo serviço ou de um mesmo profissional, para cuidar da saúde é compreendido como ter uma fonte usual de cuidados (FUC). A investigação a respeito da FUC de grupos específicos como mulheres trabalhadoras do sexo (MTS) é fundamental para conhecer as potencialidades e fragilidades do acesso aos serviços de saúde para essa população
Objetivos Objetivamos descrever as características das MTS residentes em 12 cidades brasileiras, de acordo com ter ou não uma FUC
Metodologia Inquérito social-comportamental de corte transversal entre MTS com 18 anos ou mais, com histórico de trabalho sexual em uma das 12 cidades do estudo (Estudo Corrente da Saúde). As MTS foram recrutadas via amostragem dirigida pela participante (RDS), entre junho e novembro de 2016. FUC foi definida a partir da pergunta o questionário: Você costuma procurar o mesmo lugar, mesmo médico ou mesmo serviço de saúde quando precisa de atendimento de saúde?. Análises descritiva e multivariada foram ponderadas pelo inverso do tamanho da rede de contato social das participantes (pesos). Regressão logística foi usada na estimativa dos odds ratios ajustados para fatores associados ao HIV
Resultados Ter uma FUC foi referido por 71,5% das MTS. Destas, 90,2% utilizaram os serviços públicos como FUC, e 76,1% referiram as unidades de saúde da família como a principal FUC. Dentre aquelas com diagnóstico de infecção sexualmente transmissível (IST), 57,8% utilizaram os serviços públicos e 83,6% realizaram teste de HIV nos mesmos serviços. Entre as MTS com plano privado de saúde, ter uma FUC foi mais prevalente quando comparadas com aquelas sem plano (RP=1,78; IC95%1,26-2,51). Realizar teste de HIV (RP=1,43; IC95% 1,16-1,76) e receber preservativos masculinos (RP=1,30; IC 1.03-1.62) foram mais prevalentes entre MTS com uma FUC, quando comparadas com as que não tinham
Conclusões/Considerações A maioria das MTS referiu ter uma FUC, e os serviços públicos foram os principais, revelando que para este grupo a principal via de acesso a ações de saúde é o SUS. Destaca-se que algumas ações de promoção, prevenção e tratamento de IST/HIV/AIDS foram mais frequentes entre MTS que possuem uma FUC, sobretudo, da atenção primária à saúde, apontando a importância da vinculação destas mulheres com estes serviços
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