28/07/2018 - 14:30 - 16:00
CO27j - Agendas politicas em saúde da mulher e decisões |
22644 - IMUNIZAÇÃO INFANTIL: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO REPORTADA PELAS MÃES
MONICA VIEGAS ANDRADE - CEDEPLAR/UFMG, KENYA VALERIA MICAELA DE SOUZA NORONHA - CEDEPLAR/UFMG, CLARECI S CARDOSO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI, DIVINÓPOLIS, CLAUDIA D L OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI, DIVINÓPOLIS, JULIA ALMEIDA CALAZANS - CEDEPLAR/UFMG, MICHELLE NEPOMUCENO SOUZA - CEDEPLAR/UFMG
Apresentação/Introdução
O Programa Nacional de Imunização tem desempenhado papel importante no controle de doenças imunopreveníveis, garantindo acesso gratuito às vacinas na infância. As taxas de cobertura vacinal são elevadas, tornando o SUS referência mundial em imunização. Apesar do sucesso dessa política, há dificuldades na mensuração da cobertura com evidências de sobrestimação, sobretudo em pequenas populações
Objetivos
Avaliar a qualidade das informações declaradas pelas mães sobre a imunização das crianças em inquéritos domiciliares como uma fonte para aferir a cobertura vacinal. Comparou-se a declaração das mães com o registro observado nos cartões de vacina
Metodologia
Foram utilizadas informações de inquérito domiciliar realizado em Santo Antônio do Monte em MG considerando dois recortes transversais (2013 e 2015). A amostra é representativa para crianças menores de dois anos residentes no município. Foram investigadas 185 crianças em 2013 e 155 em 2015. O inquérito foi respondido pelas mães das crianças nascidas em 2011 e 2012 (pesquisa de 2013) e 2014 (pesquisa de 2015). A análise é baseada na comparação de dois indicadores de cobertura vacinal. O primeiro é estimado a partir da informação declarada pela mãe e o segundo, da informação no cartão de vacina. Esse trabalho utiliza como parâmetros para imunização o calendário do Ministério da Saúde de 2015
Resultados
Das 340 crianças investigadas, todas as mães declararam que a criança tinha cartão de vacina. Contudo, 42 crianças foram excluídas da análise por recusa da mãe em mostrar o cartão para o entrevistador ou por ter tido mais de um cartão de vacina. Portanto, a análise considera 298 crianças. O principal resultado mostra que o erro de medida para a informação reportada pela mãe é inferior a 4% para as vacinas já consolidadas no calendário vacinal. Para as vacinas mais recentes, Tetravalente, Pneumocócica e Meningocócica, o erro de medida foi de 6,79%, 12,68% e 17,63%, respectivamente. Dessa forma, informações declaradas pelas mães têm alta confiabilidade quando comparadas ao registro do cartão.
Conclusões/Considerações
Este artigo investiga pela primeira vez no Brasil a qualidade da informação reportada pelas mães sobre cobertura vacinal infantil. Pesquisas domiciliares são fontes de informação relevantes, principalmente quando registros administrativos ainda apresentam problemas de cobertura. Além disso, permitem considerar características sociodemográficas das mães e crianças que são importantes principalmente para a focalização das políticas de imunização
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