28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO27h - Adolescendo com desafios na e para saúde |
25518 - CONCEPÇÕES E PERCEPÇÕES DE ADOLESCÊNCIA E JUVENTUDE EM SERVIÇOS DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO JAN STANISLAS JOAQUIM BILLAND - CEBRAP, CSE/FMUSP, FERNANDA LOPES REGINA - CEBRAP, CSE/FMUSP, DÉBORA HERMANN - CEBRAP, CSE/FMUSP, DENISE PICCIRILLO BARBOSA DA VEIGA - BOLSISTA DE TREINAMENTO TÉCNICO FAPESP TT-IV, CSE/FMUSP, ADALTO PONTES - RESIDENTE EM MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL, HC/CSE/FMUSP, REGINA FIGUEIREDO - INSTITUTO DE SAÚDE, SES-SP
Apresentação/Introdução Apresentamos parte dos resultados do projeto Linha de Cuidado para a Saúde na Adolescência e Juventude para o Sistema Único de Saúde no Estado de São Paulo. O projeto visa contribuir para a organização dos processos de trabalho junto a essas faixas etárias nas redes regionais de saúde do Estado. Este trabalho trata das concepções e percepções encontradas acerca de adolescência e juventude.
Objetivos Analisar as concepções e percepções de adolescência e de juventude que orientam as práticas nos serviços de saúde do Estado de São Paulo.
Metodologia Os dados apresentados foram obtidos através de: (1) um questionário estruturado respondido online por 950 serviços de saúde de 252 municípios do Estado de São Paulo (UBS; CAPS; serviços de DST/Aids; de atenção especializada a adolescentes, e hospitalares); (2) três grupos focais realizados com: gestores, gerentes/coordenadores de serviços, e profissionais de saúde; e (3) relatórios e anotações oriundas de oficinas organizadas nas três regiões piloto do projeto: Comissões Intergestoras Regionais (CIR) Itapetininga, Litoral Norte e Mananciais. Foram analisados, em cada corpus, os tópicos relativos às concepções e percepções dos participantes sobre adolescência e juventude.
Resultados A idade mais citada no questionário para caracterizar o início da adolescência foi 12 anos (63,5%); e o final, 18 anos (59,2%); em relação ao período da juventude, não houve consenso quanto à faixa etária correspondente. Entre os temas recorrentes nos grupos focais, destacamos: dificuldades no trabalho com adolescentes; “fase” marcada por conflitos intensos; momento de transição da infância para a vida adulta, influenciado pelo cuidado dos adultos, assim como pelo contexto social; quanto à juventude, a diversidade em termos de classe e raça foi mais mencionada. Nas oficinas, apareceram percepções semelhantes sobre adolescência; já em relação à juventude, não houve o mesmo aprofundamento.
Conclusões/Considerações Os profissionais definem com mais facilidade a adolescência, como uma fase homogênea e natural de desenvolvimento, fonte de necessidades diferenciadas. Ainda assim, observa-se uma visão frequente da adolescência enquanto problema e poucos recursos para sua abordagem. O tema da juventude, menos discutido, aparece como continuidade ou desfecho das trajetórias adolescentes, ou remete a uma abordagem mais sensível à diversidade social.
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