27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO27l - Atenção Domiciliar e Dependência em Idosos |
24044 - PREVALÊNCIA DA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR PRESTADA À POPULAÇÃO IDOSA BRASILEIRA E FATORES ASSOCIADOS
LOURIELE SOARES WACHS - UFPEL, BRUNO PEREIRA NUNES - UFPEL, MARIANGELA UHLMANN SOARES - UFPEL, LUIZ AUGUSTO FACCHINI - UFPEL, MARCIANE KESSLER - UFPEL, PÂMELA MORAES VOLZ - UPFEL, KARLA PEREIRA MACHADO - UFPEL, MICHELE ROHDE KROLOW - UFPEL, ELAINE THUMÉ - UFPEL
Apresentação/Introdução
O envelhecimento populacional interfere na economia do país, nas relações sociais e na política de saúde. As transições demográfica e epidemiológica têm suscitado debate na busca de alternativas de cuidado à saúde de um número crescente de idosos, e a reorganização dos serviços de saúde resgata o domicílio como ambiente terapêutico.
Objetivos
Avaliar a prevalência da assistência domiciliar na população idosa brasileira e sua associação com fatores socioeconômicos, demográficos, condições de saúde e utilização de serviços de saúde.
Metodologia
Estudo transversal de base populacional, com amostra representativa de 6.624 indivíduos com 60 anos ou mais, na zona urbana de cem municípios de diferentes portes populacionais em 23 estados brasileiros, em 2009. A amostragem foi realizada em múltiplos estágios. Os dados foram coletados em entrevistas individuais. Foi utilizado modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência bruta e ajustada, os respectivos intervalos com 95% de confiança e p-valor (teste de Wald).
Resultados
A prevalência da assistência domiciliar foi de 11,7% e estatisticamente associada ao sexo, idade, escolaridade, presença de morbidade crônica, história de queda e utilização dos serviços de saúde. Não possuir nenhum ano de estudo aumentou 2,2 vezes a probabilidade de assistência domiciliar; entre idosos com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica a probabilidade foi 39% maior, a utilização de consulta médica aumentou em 30% a probabilidade de recebimento de assistência domiciliar; entre os idosos que referiram queda no último ano a probabilidade aumentou em 12%; hospitalização no último ano aumentou em 1,6 vezes a probabilidade de receber assistência no domicílio.
Conclusões/Considerações
Os fatores associados ao recebimento de assistência domiciliar reiteram achados da literatura e reafirmam os indicadores de fragilidade destacados na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, reforçando a necessidades de estudos sobre satisfação do usuário e natureza jurídica do prestador da assistência domiciliar.
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