27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO27l - Atenção Domiciliar e Dependência em Idosos |
23029 - CURSO DA VIDA E CAPACIDADE PARA O TRABALHO ENTRE ADULTOS MAIS VELHOS: ELSI-BRASIL CAMILA MENEZES SABINO DE CASTRO - INSTITUTO RENÉ RACHOU DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, MARIA FERNANDA LIMA-COSTA - INSTITUTO RENÉ RACHOU DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, CIBELE COMINI CÉSAR - INSTITUTO RENÉ RACHOU DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, CENTRO DE DESENVOLVIMENTO E PLANEJAMENTO REGIONAL DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, JORGE ALEXANDRE BARBOSA NEVES - DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, FABÍOLA BOF DE ANDRADE - 4NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE PÚBLICA E ENVELHECIMENTO. INSTITUTO DE PESQUISA RENÉ RACHOU DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, PAULO ROBERTO BORGES DE SOUZA JUNIOR - 5INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA EM SAÚDE DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ., ROSANA FERREIRA SAMPAIO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Apresentação/Introdução Uma boa capacidade para o trabalho contribui para que indivíduos mais velhos permaneçam trabalhando. Estudos epidemiológicos sob a perspectiva do curso de vida mostram que os indivíduos são constantemente expostos a diversos fatores nas diferentes fases da vida. Esses fatores podem acumular-se ao longo do tempo, impactando a saúde e a capacidade para o trabalho nas idades mais velhas.
Objetivos Examinar os fatores associados à percepção da capacidade para o trabalho, sob a perspectiva do curso de vida, em amostra nacional representativa da população brasileira com 50 anos ou mais.
Metodologia Foram utilizados dados de 8.903 participantes da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), cuja coleta de dados foi conduzida entre 2015 e 2016. A variável dependente foi a percepção do indivíduo acerca da sua capacidade para o trabalho (boa/muito boa vs. razoável/ruim/muito ruim). As variáveis independentes foram definidas, seguindo uma perspectiva do curso de vida, considerando fatores de exposição que operam no início, no meio e nas fases mais tardias da vida. A análise multivariada foi baseada em razões de prevalência (RP) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) estimadas por meio da regressão de Poisson.
Resultados A boa capacidade para o trabalho foi informada por 49% dos participantes. Os resultados da análise multivariada mostraram que, em ambos os gêneros, a boa capacidade para o trabalho apresentou associações positivas e estatisticamente significantes com ter saúde boa até os 15 anos de idade, escolaridade maior ou igual a 8 anos e avaliação da saúde atual como boa. Associações negativas foram observadas para idade atual, diagnóstico médico de depressão e ter uma ou mais doenças crônicas. Apenas entre os homens, associações positivas foram observadas para idade que começou a trabalhar e residência com o cônjuge.
Conclusões/Considerações A capacidade para o trabalho nas idades mais velhas é construída ao longo da vida, particularmente pelas condições de saúde na infância e na adolescência, pela idade em que os homens começam a trabalhar, pela escolaridade e pelas condições de saúde nas idades mais velhas. Políticas visando o aumento da longevidade no mercado de trabalho devem levar em conta esses fatores.
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