26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO27c - Práticas e saberes sobre aleitamento e enfrentamento da mortalidade infantil |
26874 - ANÁLISE DA TENDÊNCIA DA REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL ATRAVÉS DO MÉTODO DO GEOPROCESSAMENTO
AMANDA NAMIBIA PEREIRA PASKLAN - UFMA, ERIKA BÁRBARA ABREU FONSECA THOMAZ - UFMA, NÚBIA CRISTINA DA SILVA - UFMG, THIAGO AUGUSTO HERNANDES ROCHA - UFMG, REJANE CHRISTINE DE SOUSA QUEIROZ - UFMA, JOÃO RICARDO NICKENIG VISSOCI - DUKE UNIVERSITY, ELAINE TOMASI - UFPEL, ELAINE THUMÉ - UFPEL, CATHERINE STATON - DUKE UNIVERSITY, RAFIZA FELIX MARÃO MARTINS - UFMA
Apresentação/Introdução
A Atenção Primária a Saúde (APS) compreende o nível inicial e contínuo de assistência ao usuário, família e sociedade, com contato mais próximo possível de onde as pessoas moram e/ou trabalham. Essa proposta visa garantir um efetivo sistema de saúde, com a oferta de serviços que previnam doenças, promovam a saúde e reduzam os índices de óbitos evitáveis, como a taxa de mortalidade infantil (TMI).
Objetivos
Objetiva-se analisar a tendência da redução da mortalidade infantil, através do método do geoprocessamento.
Metodologia
Estudo ecológico, de abordagem transversal, realizado com 5011 municípios brasileiros. Para analisar padrões de distribuição e agrupamento das TMI no contexto brasileiro foram utilizados dados secundários referentes a estrutura e processo de trabalho na APS; índice de acessibilidade a serviços de alta complexidade; estratificação de municípios brasileiros para avaliação de desempenho em saúde; informações sobre MI e confundidores econômicos e demográficos e demandas de serviços no Brasil. Para análise exploratória baseada em OLS, a medida de desfecho foi a média da taxa de MI ajustada por população, no período de 2000 e 2015. Análises de clusterização foram realizadas no software GEODA.
Resultados
A TMI no Brasil apresentou redução de 45,07% entre 2000 (24,14/1000) e 2015 (13,26/1000). Houve maior proporção de redução na região nordeste (NE) (53,79%), mas continua com a 2a maior TMI em 2015, embora as diferenças entre regiões tenham diminuído. A distribuição da TMI mostra que a extensão de áreas no Norte (N) e NE que não apresentaram redução é maior do que nas regiões Sudeste (SE), Sul (S) e Centro-Oeste (CO). No entanto, áreas do N e NE próximas às áreas que não tiveram redução da TMI apresentaram melhora nessas taxas. Pequenas áreas no NE, SE, S e CO apontaram tendência de diminuição da TMI. Áreas adjacentes a essas regiões apresentaram altas TMI, com destaque à região CO.
Conclusões/Considerações
As diferenças de TMI entre as regiões do Brasil têm reduzido, ainda que as maiores taxas persistam nas regiões N e NE. Evidencia-se redução das TMI em vários municípios brasileiros, os quais merecem atenção para as ações que têm realizado para que municípios adjacentes consigam alcançar tal conquista. Municípios que tiveram valores mantidos de TMI precisam ser analisados, para que se identifique fatores relacionados a persistência destes valores.
|
