26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO27b - Gravidez, corporeidades e adolescências |
24618 - IMPACTO DA INTENÇÃO DE ENGRAVIDAR SOBRE A AMAMENTAÇÃO NA PRIMEIRA HORA PÓS-PARTO ADRIENE DA FONSECA ROCHA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, KEILA REJANE OLIVEIRA GOMES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, MALVINA THAÍS PACHECO RODRIGUES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ, CAROLINA RODRIGUES DE OLIVEIRA SOUSA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Apresentação/Introdução A amamentação na primeira hora pós-parto constitui indicador de excelência para o monitoramento das práticas de aleitamento materno, fundamental para a redução da morbimortalidade neonatal e estabelecimento da amamentação. Presume-se que a intenção de engravidar pode afetar o comportamento materno em relação ao início da amamentação no pós-parto imediato.
Objetivos Analisar o impacto da intenção de engravidar sobre a amamentação na primeira hora pós-parto.
Metodologia Estudo transversal, recorte da pesquisa “Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre parto e nascimento” realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cujos participantes foram 5.563 puérperas e seus neonatos na região Nordeste do Brasil, selecionadas por amostragem probabilística. Realizou-se análise univariada, por meio de estatística descritiva; bivariada, utilizando-se o teste quiquadrado de Pearson; e multivariada, por meio de regressão logística múltipla com nível de significância de 5% (p˂0,05). A intenção de engravidar é a principal variável independente de interesse do estudo.
Resultados Predominaram puérperas com idade na faixa 20 a 34 anos (68,0%), multíparas (51,8%), que referiram gravidez em momento oportuno (44,8%) e satisfação ao tomarem conhecimento da gestação (69,4%). A maioria realizou pré-natal (98,5%), teve parto cesariana (50,3%) e não teve contato pele a pele com o recém-nascido no pós-parto imediato (74,2%). A análise multivariada indicou menor propensão para início da amamentação na primeira hora de vida entre puérperas que queriam esperar mais tempo para engravidar (OR = 0,91; IC: 0,78 - 1,05), não queriam engravidar (OR = 0,85; IC: 0,73 - 0,98) e as que se declararam insatisfeitas ao saberem da gravidez (OR = 0,72; IC: 0,61 - 0,83).
Conclusões/Considerações A intenção de engravidar afetou a amamentação ao nascer, haja vista que gravidez não intencional reduziu a chance da amamentação no pós-parto, portanto, falhas no planejamento familiar podem refletir negativamente na amamentação. Há de se melhorar a qualidade dos serviços de planejamento familiar, a fim de reduzirem-se gestações não intencionais e prevenir desfechos desfavoráveis para a saúde materno-infantil, como o início tardio da amamentação.
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