26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO27a - As ações de cuidado aos ciclos de vida |
28840 - O CONSUMO DE ÁLCOOL EM GESTANTES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS - RJ
JÉSSICA FERREIRA DONATO - FASE/FMP, NATHALIA FERREIRA ANTUNES DE ALMEIDA - FASE/FMP, JAMILE LIMA NOGUEIRA - FASE/FMP
Apresentação/Introdução
O consumo de álcool pelas gestantes traz diversas intercorrências graves tanto para mãe quanto para o feto, sendo que o tais agravos poderiam ser minimizados caso a equipe multidisciplinar fosse capacitada para o rastreio precoce desse consumo orientando assim a gestante sobre os possíveis riscos dessa prática.
Objetivos
Descrever as características socioeconômicas, demográficas, clínicas, obstétricas e antropométricas das gestantes assistidas em uma unidade de saúde do município de Petrópolis (RJ) e sua relação com o consumo de álcool pelas mesmas.
Metodologia
Trata-se de um estudo transversal, com gestantes adultas. A amostra foi caracterizada e o rastreio de consumo de bebida alcóolica foi feito por meio do questionário T-ACE. Pontuação total igual ou maior a dois caracterizava a gestante como T-ACE positivo (consumidora de no mínimo 28 gramas diárias de álcool absoluto), capaz de representar risco materno e fetal. Para análise estatística utilizou-se média, desvio padrão, testes Qui quadrado e Exato de Fisher, considerando significativas as associações com valor de p inferior a 0,05. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (CAAE: 43536815.0.0000.5245).
Resultados
As 71 gestantes apresentaram idade média de 25,94 anos (DP= 5,69) e 42,4% (n= 28) apresentaram estado nutricional pré-gestacional adequado, com IMC pré-gestacional médio de 24,96 kg/m² (DP = 5,55). A média de consultas de pré-natal foi de 4,17 (DP = 2,30). O consumo de álcool foi presente em 5,6% (n= 4). Destas, três foram consideradas T-ACE positivo, das quais duas atingiram 4 pontos e uma 3 pontos. A bebida mais consumida pelas gestantes foi a cerveja (75%, n=53). Das gestantes que consumiram álcool, três se encontravam com o IMC pré-gestacional adequado e apenas uma com sobrepeso. O consumo de álcool na gestação se associou a infecção do trato urinário (p = 0,008).
Conclusões/Considerações
Diante do exposto faz-se necessário o rastreio do consumo de bebida alcóolica na gestação para que os profissionais da área da saúde possam traçar estratégias de cuidado que beneficiem a mãe e o bebê, evitando assim, maiores agravos.
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