29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC13z - Produção de conhecimentos sobre educação, formação e saúde: relatos de pesquisa 2 |
25352 - PSICOLOGIA NO CONTEXTO DA SAÚDE COLETIVA: APORTES HISTÓRICO-CULTURAIS PARA A FORMAÇÃO EM PROMOÇÃO DE SAÚDE JULIA OLIVEIRA COMONIAN - UNIFAL-MG, CLAUDIA GOMES - UNIFAL-MG, ANDRÉ SILVEIRA ITO - UNIFAL-MG, CINTIA JULIANA TEODORO - UNIFAL-MG, GABRIELA RODRIGUES - UNIFAL-MG, LARISSA APARECIDA FLORIANO - UNIFAL-MG, PATRIQUE JARDEL ROCHA ALMEIDA - UNIFAL-MG, VÂNIA ALVES - UNIFAL-MG
Apresentação/Introdução Compreendemos que a perspectiva histórico-cultural permite-nos avançar na compreensão sobre a relação saúde e doença como processos de sentido e de significado, configurados de maneira plurideterminada em diferentes contextos e relações humanas. Entendimento este base para a compreensão das dimensões biológicas, psicológicas e sociais de forma recursiva, para além de um saber técnico e objetivo.
Objetivos A partir destas considerações, esta pesquisa lança como objetivo analisar a interface Psicologia e Saúde Coletiva, a partir de experiências práticas formativas para acadêmicos das áreas da saúde na Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG.
Metodologia Trata-se de uma pesquisa-intervenção estabelecida no contexto de atividades práticas desenvolvidas na disciplina de Psicologia, realizadas em Instituições Públicas de atenção Psicossocial no município de Alfenas. Foram participantes das ações acadêmicos dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição e Odontologia. Com visitas semanais às Instituições, os acadêmicos desenvolveram atividades interativas, físicas e culturais, definidas a partir do levantamento das demandas institucionais. As análises da pesquisa derivaram-se dos relatórios semanais dos acadêmicos, assim como da construção de um diário de campo dos pesquisadores, que foram analisadas qualitativamente.
Resultados A partir dos indicadores “vivência profissional” e “relação terapêutica” pode-se evidenciar que os elementos formativos de interface Psicologia/Saúde Coletiva demanda o desenvolvimento de reconhecimento “do outro” para além de sua caracterização biológica. Para tanto, possibilitar aos acadêmicos o desvelamento das condições sociais e relacionais impactou consideravelmente a definição pelas acadêmicas e acadêmicos de suas atribuições na relação com os sujeitos assistidos pelas Instituições, que ora eram definidos pelos sentimentos de caridade e filantropia, ora demarcados por uma aproximação teórica, metodológica e acima de tudo política no debate da Saúde Coletiva.
Conclusões/Considerações Analisar a interface Psicologia e Saúde Coletiva é alarmarmos a hegemonia do modelo biomédico ainda presente na formação acadêmica, no entanto, a partir dos resultados consideramos que a Psicologia Histórico Cultural, é um campo de resistência a esse processo formativo, e que somado a intencionalidade dos postulados da Saúde Coletiva, possibilita a implementação de modelos de formação para a promoção à saúde nas diferentes áreas.
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