29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC13w - Experiências dialógicas nos teritórios, serviços e na formação em saúde 2 |
26041 - UNIVERSIDADE DAS CRIANÇAS: DIÁLOGO E EMPODERAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE HELENA D`ÁVILA LEMOS GONTIJO - PUC MINAS, DÉBORA D`ÁVILA REIS - UFMG
Período de Realização O projeto foi realizado entre março e dezembro de 2015 no Centro de Artesanato Salão do Encontro, Betim, MG.
Objeto da Experiência Ações e modelo para divulgação científica e educação em saúde no projeto de extensão universitária intitulado Universidade das Crianças.
Objetivos Pretendemos fazer um relato crítico das práticas no projeto Universidade das Crianças. Inspirados na Pedagogia Libertadora de Paulo Freire, criamos um modo de se trabalhar com crianças, que será aqui analisado enquanto proposta de educação para a saúde pautada pelo diálogo e pelo empoderamento.
Metodologia As práticas e o modo de se trabalhar no projeto Universidade das Crianças foram desenvolvidos a partir de uma concepção de educação em saúde mais crítica e participativa, pautadas na aprendizagem por livre escolha, que foge aos modelos tradicionais onde se enfatiza a mera transmissão de informações. Perguntas sobre o corpo apresentadas por crianças, filhas(os) de artesãos do Salão do Encontro, funcionavam como gatilho inicial para os encontros, que prezavam pelo diálogo e protagonismo.
Resultados Cerca de 220 crianças de 9 a 14 anos apresentaram perguntas e participaram das atividades. As perguntas que recebemos sobre o corpo e suas relações com o meio, na sua grande maioria versavam sobre o tema “sexo, sexualidade e diferença de gênero” e também sobre questões subjetivas que trouxeram um pouco da história do meio no qual as crianças estavam inseridas.
Análise Crítica Tendo como conceito de empoderamento (empowerment) aquele relacionado à autonomia individual, ou seja, à capacidade do indivíduo de decidir sobre questões que lhe dizem respeito, pudemos observar que o modelo dialógico aqui utilizado pareceu se adequar ao objetivo proposto. Ainda dentro da nossa crença de que “cuidamos bem apenas daquilo que conhecemos e entendemos”, consideramos ter cummprido o nosso objetivo.
Conclusões e/ou Recomendações Fomos desafiadas a sair do lugar de meras transmissoras de informação para praticar a escuta e a humildade. Os resultados são promissores: criança empoderada divide o saber sobre saúde com quem faz parte da sua sua história (familiares, professores, colegas). Recomendamos esse modelo de divulgação do conhecimento, onde a criança é reconhecida como agente base na fundação de uma estrutura mais acessível e sólida na promoção e prevenção da saúde.
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