28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC13t - Experiências educativas e formativas: diversidades de olhares |
22324 - PRECEPTORIA EM PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA: ESTUDO QUANTITATIVO COM PRECEPTORES NO BRASIL E ESPANHA ADRIANA - ICICT/FIOCRUZ E IMS/UERJ, WILSON COUTO BORGES - ICICT/FIOCRUZ, ELAINE FRANCO DOS SANTOS ARAÚJO - EEAN/UFRJ, ELIANE BERINQUÉ BRAGA - INTO, EPIFANIO DE SERDIO ROMERO - CONSEJERÍA DE SALUD, JUNTA DE ANDALUCÍA, IRENE ROCHA KALIL - IFF/FIOCRUZ, JOÃO JOSÉ BATISTA DE CAMPOS - ISC/UNIVERSIDADE DE LONDRINA, CONCEPCIÓN GANDARA PAZO - IMS/UERJ
Apresentação/Introdução A residência é considerada "padrão-ouro" na formação especializada mas a preceptoria gera sobreposição de incumbências e demanda apoio. No Brasil a regulação da residência multiprofissional e ampliação da Saúde da Família agregou novos desafios e oportunidades. A comparação entre Brasil e Espanha foi adotada nesse estudo, destacando a importância da organização dos sistemas e serviços na formação.
Objetivos Objetivos: descrever o perfil e atividades de preceptores de residência na atenção à saúde, ensino-aprendizagem-avaliação, e pesquisa em serviço; compreender percepções sobre práticas, condições de trabalho, dificuldades enfrentadas e necessidades.
Metodologia Participaram preceptores de residência nas áreas de Medicina de Família e Comunidade (Brasil e Espanha); Ginecologia e Obstetrícia; Multiprofissional em Saúde da Família e em Saúde da Mulher e Enfermagem Obstétrica. No Brasil foram contatados como mediadores os coordenadores de programas com Pró-Residência (153 programas). Para preceptores que concordaram foi aplicado questionário eletrônico (português e espanhol). Na Espanha foram convidados preceptores em atividade na Andaluzia (pelo alto grau de regulação da formação especializada). Após encerramento da aplicação dos questionários eletrônicos, em 2015, os dados foram exportados e analisados com o programa R.
Resultados Foram 463 os preceptores respondentes (15 estados no Brasil, 62 programas, 8 províncias espanholas), na maioria mulheres, com título de especialista e mais de 5 anos na instituição. Realizam outras atividades além do ensino e assistência, geralmente sem remuneração adicional, com sobrecarga de trabalho e pouco reconhecimento nos planos de carreira (Brasil). Algumas instituições oferecem oportunidades de desenvolvimento profissional; são poucos apoios para participação em eventos científicos. Em ambos países universidades exercem papel periférico na residência. Por outro lado, a grande maioria informa querer continuar na atividade. Apoios necessários incluem área física e recursos didáticos.
Conclusões/Considerações É crescente a percepção da importância da preceptoria; iniciativas de apoio e desenvolvimento da competência educacional ocorreram em ambos países. Resultados sobre a percepção dos preceptores sobre a própria capacidade para ensino teórico e prático, e pesquisa podem orientar ações formativas nos programas. É necessário apoiar a gestão das residências. Maior regulação da formação especializada e preceptoria no sistema de saúde é fator facilitador na Espanha.
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