28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC13s - Saúde da família e APS: práticas e processos educativos |
26907 - MEMÓRIAS, TERRITÓRIO E SAÚDE DA FAMÍLIA: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO EM PSICOLOGIA NARA PRATA - PUC M.G, TIAGO VILLEN MEIRELLES ALVES - PUC M.G
Período de Realização A experiência foi realizada entre março de 2016 a dezembro de 2016
Objeto da Experiência O presente trabalho expõe um diálogo entre estágio do curso de Psicologia em Estratégia Saúde da Família (ESF) e o conhecimento científico
Objetivos Distinguir o que a comunidade solicita em saúde e o que de fato é oferecido pela ESF. Ampliar e potencializar a integração da equipe da ESF com a população do bairro. Criar uma experiência de identidade coletiva e resgatar as tradições e costumes do bairro. Fazer a inclusão social do idoso.
Metodologia O método utilizado para identificar as demandas da intervenção foi a observação participante. Para criar laços identitários entre a população do bairro e integrar a equipe de saúde da ESF com essa população, a metodologia utilizada foi a narrativa de vida de idosos. A história oral de vida é uma forma artesanal e autêntica de comunicação, em que o narrador elabora a narrativa a partir de sua própria experiência coletiva de vida.
Resultados Conscientização das crianças do bairro culminando em ações práticas direcionadas à inclusão social do idoso. Fortalecimento da identidade coletiva do bairro através do sentimento de pertencimento da população a uma tradição e cultura local. Despertar do refletir da equipe de saúde sobre a necessidade da inclusão da perspectiva psicossocial na concepção de saúde, assim como, da importância de entender os moradores e incluir intervenções considerando os aspectos culturais do local.
Análise Crítica Na relação profissional de saúde-usuário foi identificado um tratamento verticalizado que induz a um comportamento passivo da comunidade perante o tratamento. Esse caráter verticalizado cria um distanciamento entre a aplicação de práticas de saúde e a singularidade dos usuários, além da desconsiderar os aspectos sociais e culturais locais. Esse distanciamento resulta em tratamentos de saúde que ficam sem sentido e significado para os usuários.
Conclusões e/ou Recomendações A intervenção não aplicou um saber acadêmico fechado e sim com a construção de uma via de duas mãos, considerando as experiências e tradições dos moradores e as peculiaridades do território. A horizontalidade na escuta se mostra essencial para ter acesso às reais demandas de saúde da população. O contato, o vínculo e a identificação da equipe de saúde com a identidade coletiva local são facilitadores para construções de estratégias em saúde.
|