28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC13p - Produção de conhecimentos sobre educação, formação e saúde: relatos de pesquisa 1 |
22734 - TENDÊNCIAS DA HANSENÍASE APÓS IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROJETO INOVADOR EM UMA CAPITAL DA REGIÃO NORTE DO BRASIL, 2002-2016 LORENA DIAS MONTEIRO - FUNDAÇÃO ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DE PALMAS/FESP, ÉMERY FERNANDES BENTO MORAIS - FUNDAÇÃO ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DE PALMAS/FESP, ANDRIELE GASPARETTO - INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS/ITPAC PORTO NACIONAL, MARIANA DO PRADO BORGES - INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS/ITPAC PALMAS, JOÃO LUIZ RAMANHOLO COSTA NETO - INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS/ITPAC PALMAS, EMERSON LEÃO SOUSA - INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS/ITPAC PALMAS, FELIPE BATISTA REZENDE - INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
Apresentação/Introdução A meta de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública é um desafio a ser alcançado em várias regiões do mundo em consequência da sua complexidade. Palmas é a capital mais hiperendêmica do país e implementou o Projeto Palmas Livre da Hanseníase para o enfrentamento da doença e alcance de melhores indicadores.
Objetivos O objetivo deste estudo foi medir o impacto da intervenção do Projeto Palmas Livre da Hanseníase por meio da análise da tendência de indicadores prioritários da doença em Palmas, Tocantins, Brasil, 2002-2016.
Metodologia Análise de dados advindos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e resultados de relatórios de capacitações aplicadas com metodologias participativa e problematizadora. Os indicadores dos casos novos de hanseníase residentes em Palmas foram analisados e suas tendências identificadas por análise de regressão Joinpoint para avaliação dos resultados do Projeto.
Resultados Em 2016 foram realizadas 131 capacitações com 524 horas de duração e atendimento de 697 pacientes em 38 pontos da rede de atenção (100% da rede capacitada) para o adequado manejo clínico e diagnóstico da hanseníase. O coeficiente de detecção de casos novos na população geral partiu de 56,1/100 mil habitantes em 2015 para 236,3/100 em 2016. No período de 2014 a 2016, correspondente à implementação do Projeto, houve aumento significativo do coeficiente de detecção geral em 104,6%, coeficiente de detecção em menores de 15 anos em 111,1%, coeficiente de detecção de casos com grau 0, 1 e 2 com aumento de 59,3%, 225,2% e 121,7%, respectivamente. A detecção por avaliação de contatos aumentou em 201,1%.
Conclusões/Considerações Os dados comprovaram a efetividade e potencialidade da estratégia do projeto (treinamento in loco dos pontos da rede de atenção) para as ações de diagnóstico e controle da hanseníase no município de Palmas. Esse estudo trouxe evidências de que a agilidade diagnóstica dos serviços de atenção primária resulta em indicadores que reflete a incidência real de ocorrência de casos.
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