28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC13n - Experiências dialógicas nos teritórios, serviços e na formação em saúde 1 |
24606 - PROMOVER AÇÕES EM SAÚDE POR MEIO DE PARCERIAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA ENTRE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL E FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO ÊRICA ROSALBA MALLMANN DUARTE - UFRGS, CARMEN LUCIA MOTTIN DURO - UFRGS, MIRIAM RIBEIRO ALVES - UFRGS, MARIA LUIZA MACHADO - UFRGS, KAREN WEINGAERTNER DEL MAURO - UFRGS, AMANDA SILVA DA SILVA - UFRGS, LUIS AUGUSTO DA SILVA FILHO - UFRGS, LUANA PINTO BUMBEL - UFRGS, JÚLIA LESZCZYNSKI DE BARROS - UFRGS, RAQUEL CARBONEIRO DOS SANTOS - PMPA, MARIA REGINA ABUDD - FASE/RS
Período de Realização Junho a Julho/2017, realizada por alunos, professores da UFRGS e profissionais da FASE e SMS/POA.
Objeto da Experiência Parceria e integração entre Universidade e Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (FASE/RS) para promover ações em saúde.
Objetivos Propiciar espaços de discussão para desenvolver um conceito ampliado de Saúde e determinantes de saúde a partir das falas dos adolescentes com medida judicial de internação ou semiliberdade, participantes das oficinas. Oportunizar aos acadêmicos, experiências que irão contribuir com a sua formação.
Metodologia Foi desenvolvida a oficina de sensibilização, organizada por sete alunos do curso de enfermagem. Houve a divisão dos 132 adolescentes em seis oficinas com 25 adolescentes, com idades de 14 a 19 anos. Participaram agentes de segurança, pedagoga, coordenadora, o diretor da unidade e professores. Após a apresentação dos presentes, foi proposto que respondessem por escrito: O que é ter saúde, na sua opinião? Ao final, foi realizada a leitura das escritas e o esclarecimento de dúvidas da área da saúde.
Resultados Destacamos as dúvidas a respeito de doenças sexualmente transmissíveis (HIV e AIDS), drogas e alimentação saudável. Ressaltaram a prática de exercícios físicos e a falta que sentem dos familiares e atividades realizadas com eles (exibição de filmes, música ou dança).Foi frisado o tempo ocioso em demasia. Referem que suas famílias estão contentes em estarem detidos , pois estão protegidos e vivos. Salienta-se a presença de profissionais da FASE o que ajudou a encaminhar os assuntos discutidos.
Análise Crítica Destaca-se a intensa dualidade de pensamento de alguns adolescentes, que querem sair da delinquência, no entanto, sabem que no momento em que isso acontecer, serão mortos. Também, o fato de estarem detidos em um local previsto para adolescentes e fora dali serem considerados como adultos, pois são pais, consiste em outra ambivalência da vida desses jovens na instituição. As oficinas oportunizaram a interação dos jovens com pessoas diferentes do seu cotidiano.
Conclusões e/ou Recomendações O trabalho em uma instituição como a FASE tornou possível aprender saúde com uma percepção fora da academia, além de conhecer o lado mais humano daqueles adolescentes que ali estão. Pois não foram apenas eles que aprenderam com os acadêmicos, estes também aprenderam com os adolescentes. Também é uma atividade que se insere no Programa de Saúde na Escola, sendo possível trabalhar diversos eixos previstos nesta política pública.
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