28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC13k - Residências profissionais e multiprofissionais: o desafio de formar para o SUS 1 |
27984 - POTÊNCIAS E DESAFIOS DA FORMAÇÃO EM SERVIÇO: REFLEXÕES DE EGRESSAS DE UM PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA. GABRIELA MACIEL DOS REIS - UFMG, ALINE DE ABREU SILVESTRE SALES - UFMG, FABIANA RAMOS DE MENEZES - HOSPITAL SOFIA FELDMAN, VIVIANE OLIVEIRA COELHO - HMGV, AMANDA FERREIRA MONTEIRO DA MERCÊS - HOSPITAL SOFIA FELDMAN, SABRINA CHAVES DE OLIVEIRA D´AURIA - HOSPITAL SOFIA FELDMAN, MANUELLE MARIA MARQUES MATIAS - UERJ, MARCELA FERREIRA DE LIMA GUIMARÃES - UFMG, PRISCILA VICTÓRIA RODRIGUES FRAGA - HOSPITAL SOFIA FELDMAN
Período de Realização Março de 2015 à fevereiro de 2017. Grupo focal realizado em março de 2017.
Objeto da Experiência Residentes do Programa de Enfermagem Obstétrica, turma 2015/2017, inseridos numa maternidade de Belo Horizonte referência em assistência humanizada.
Objetivos Refletir e analisar a formação em serviço de um programa de residência em enfermagem obstétrica.
Metodologia As 20 egressas do referido programa de residência foram convidadas a participar da pesquisa. Após esclarecimentos sobre o objetivo da pesquisa, leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, 15 residentes participaram de um grupo focal, que levantou questões sobre a prática, o processo de ensino-aprendizagem, carga horária e o modelo de trabalho experienciado. Os relatos foram gravados, transcritos e analisados na íntegra por meio de software específico.
Resultados Potências: i) Imersão no cenário de prática, ii) autonomia do Enfermeiro Obstetra na instituição, iii) atuação do profissional em múltiplos espaços, iv) assistência integral, alicerçada em evidências científicas. Desafios: i) Residências em Saúde reproduzem a lógica de trabalho para a produção, ii) o conteúdo teórico não se vincula ao cenário de prática, iii) carga horária extenuante e rígida, iv) Dificuldade das residentes experienciar realidades assistenciais extra-muro.
Análise Crítica A organização do conteúdo teórico destacou-se como um desafio, pois utiliza majoritariamente metodologias tradicionais e não dialoga com o cenário de prática. Por ser a Residência em Saúde um dispositivo de mudança na formação esta forma de abordagem torna-se incompatível e inviável (JARDIM et al, 2017). Há ainda a necessidade de remodelação das atividades cotidianas, por várias vezes sufocada pelas demandas excessivas do serviço (JARDIM et al, 2017).
Conclusões e/ou Recomendações Estar inserido em uma instituição do SUS e ainda referência em humanização da assistência à gravidez, parto, nascimento e puerpério é a principal potência desse programa de residência. Os desafios encontrados muitas vezes coadunam com os desafios organizacionais da própria instituição, para superá-los é preciso, dentre outras coisas, ampliar a participação dos residentes, preceptores e professores nas deliberações institucionais.
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