27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC13i - Práticas de ensino em saúde 3 |
24262 - IMPACTO DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS NA FORMAÇÃO DE MÉDICOS: ATITUDES E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ESTUDANTES DE MEDICINA DA REGIÃO NORDESTE FELIPE PROENÇO DE OLIVEIRA - UFPB, LEONOR MARIA PACHECO SANTOS - UNB
Apresentação/Introdução O Programa Mais Médicos (PMM) busca enfrentar a insuficiência de médicos e o perfil de formação inadequado às necessidades do SUS. Espera-se como consequência das estratégias dispostas no PMM, como as novas Diretrizes Curriculares, a ocorrência de impacto de forma direta na presença de médicos em áreas mais vulneráveis. Há necessidade de novas pesquisas para avaliar as mudanças propostas.
Objetivos Avaliar em que grau os efeitos pretendidos das Diretrizes Curriculares Nacionais de 2014 provocaram diferentes atitudes de estudantes de medicina e as representações sociais acerca da formação e do trabalho médico no SUS, em IFES da Região Nordeste.
Metodologia A pesquisa desenvolve a Triangulação de Métodos, com duas dimensões: uma quantitativa, onde se aplica uma escala de avaliação das atitudes de estudantes e utiliza-se o método de diferenças e diferenças para avaliação de impacto; e uma qualitativa, onde aborda-se as representações sociais dos estudantes através de um roteiro de evocação livre e hierarquização de itens. Foram sorteados oito cursos de medicina em IFES do Nordeste, sendo quatro criados antes e quatro criados após o PMM. Na dimensão quantitativa todos os estudantes ingressantes nos cursos foram convidados a responder a escala em dois momentos. Na dimensão qualitativa foram convidados todos os estudantes do sétimo semestre.
Resultados A dimensão quantitativa será analisada após a segunda coleta. Na dimensão qualitativa foram entrevistados estudantes de cursos anteriores ao PMM (tradicionais) e de cursos criados após o PMM (novos). Os estudantes das escolas “novas” constituem “a primeira geração universitária”, oriundos de família de baixa renda e escolaridade. Estudantes de ambos os grupos falam da atenção básica (AB) como “prevenção” e “essencial”, mas somente os de cursos “novos” destacam termos como “vínculo”, “comunidade” e “cuidado”. Sugere-se que somente em currículos que propiciam contato maior e mais frequente do estudante com a atenção básica é possível elaborar uma representação mais significativa sobre a AB.
Conclusões/Considerações As iniciativas do PMM estão em consonância com as evidências internacionais sobre atração e retenção de médicos em áreas remotas. A política regulatória disposta no PMM pode trazer novas perspectivas para a formação, pelo menos no âmbito das representações sociais sobre a AB. Espera-se que exemplos como os estudados possam ser aprofundados na radicalidade necessária para o fortalecimento do SUS.
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