27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC13g - Experiências dialógicas nos teritórios, serviços e na formação em saúde 1 |
22618 - INTEGRALIDADE NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: OLHARES A PARTIR DOS CENÁRIOS DIVERSIFICADOS DE APRENDIZAGEM CÉSAR AUGUSTO PARO - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - IMS/UERJ, ROSENI PINHEIRO - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - IMS/UERJ
Apresentação/Introdução A graduação em saúde coletiva é uma novidade no cenário nacional, trazendo consigo uma diversidade de apostas, expectativas e possibilidades com vistas ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Dada a importância que a integralidade em saúde possui no cenário da saúde coletiva brasileira, este princípio constitucional deve estar refletido nas práticas profissionais destes futuros sanitaristas.
Objetivos Compreender valores, sentidos e significados que emergem das práticas de ensino na graduação em saúde coletiva sob a perspectiva da integralidade.
Metodologia Pesquisa de natureza qualitativa do tipo exploratória com uma proposição observacional das experiências formativas dos estudantes em cenários diversificados de aprendizagem. O campo e a unidade de análise foram as oito disciplinas teórico-práticas “Atividades Integradas em Saúde Coletiva” (AISC) do curso de graduação em saúde coletiva da UFRJ. As técnicas de coleta de dados foram: análise documental do projeto político-pedagógico do curso e programas das disciplinas, observação participante das práticas de ensino nos campos de práticas e entrevistas com estudantes que vivenciaram estas práticas de ensino. Os dados foram analisados segundo os campos de atuação propostos no EnsinaSUS.
Resultados Apesar dos documentos institucionais afirmarem a integralidade como um eixo de formação no curso, nem sempre estas orientações ético-políticas se efetivaram nas práticas concretas dos estudantes, como observou-se em diversos relatos e depoimentos analisados. Algumas experiências representaram relações singulares entre processos de trabalho e de ensino, sendo positivas não só para a formação dos estudantes, mas também para a qualidade do cuidado prestado. Já o frágil diálogo entre a instituição de ensino e os serviços de saúde, bem como o despreparo docente e dos preceptores do serviço para uma formação para a integralidade foram alguns dos aspectos obstaculizadores desta formação.
Conclusões/Considerações A concretização da integralidade nos cenários diversificados de aprendizagem enseja a criação de novos arranjos que busquem a superação do distanciamento entre a universidade e os serviços de saúde para uma negociação permanente entre a produção do conhecimento e o atendimento às necessidades de saúde da população, o que desencadearia processos formativos com maior relevância social e responsabilidade pelo cuidado de indivíduos e coletividades.
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